Indústria de doces do Rio Grande do Sul planeja faturar bilhão com jujuba

Conheça os planos de uma indústria gaúcha para se tornar bilionária com suas jujubas!
27/05/2025 às 11:18 | Atualizado há 4 meses
Docile indústria de doces
Indústria gaúcha tem planos audaciosos para transformar jujubas em sucessos bilionários!. (Imagem/Reprodução: Exame)

A Docile indústria de doces, localizada em Lajeado, no interior do Rio Grande do Sul, está se aproximando de um importante marco financeiro, almejando alcançar um faturamento de um bilhão de reais até 2026. A cerca de 120 quilômetros de Porto Alegre, a fábrica caracteriza-se pela produção de guloseimas, onde esteiras transportam pastilhas e jujubas despencam de alturas impressionantes, criando um cenário que encanta os visitantes.

Diariamente, cerca de oito caminhões, pesando 25 toneladas cada, deixam a expedição da Docile. Isso significa que, em média, 250 milhões de embalagens com produtos variados, como jujubas e marshmallows, entram no mercado mensalmente. No Brasil, a marca está presente com 170 itens em supermercados, totalizando mais de 400 produtos se incluirmos suas exportações.

Um dos fatores que contribuem para esse crescimento é a ampliação das campanhas publicitárias, com a participação de atletas renomados como a skatista Rayssa Leal e a ginasta Rebeca Andrade. Além disso, a empresa expandiu sua rede de distribuição, passando de 13 para 74 distribuidores num período de um ano. Em 2024, será inaugurado um novo centro de distribuição em Extrema, que ficará entre São Paulo e Minas Gerais. Atualmente, 35% da receita já provém do mercado internacional.

De 2020 a 2024, a receita da empresa praticamente dobrou, atingindo 684 milhões de reais. Para 2025, a meta de faturamento é de 810 milhões de reais. Essa confiança no futuro econômico está baseada também na crença na vitalidade do mercado de açúcar. Alexandre Heineck, presidente do conselho e um dos fundadores, ressalta que, apesar de oferecer produtos sem açúcar e voltados para veganos, o foco principal ainda está na alegria trazida pelo açúcar.

Embora o Brasil ocupe a quinta posição no ranking mundial de consumo de guloseimas, o Brasil ainda apresenta um baixo índice de consumo per capita, estimado em apenas 2 quilos por ano, em comparação com países como a Suécia, onde a média é superior a 16 quilos.

A empresa destina um investimento recente de 150 milhões de reais para fortalecer sua posição no mercado. Um terço desse valor será alocado para marketing, enquanto o restante será utilizado na modernização da fábrica, com a instalação de máquinas mais eficientes e autônomas.

A trajetória da Docile remonta a 1936, quando Natalício Heineck, avô dos atuais diretores, iniciou uma produção artesanal. Ao longo dos anos, a companhia evoluiu, transformando-se na Florestal Alimentos, uma das principais indústrias de balas no Sul do Brasil. Em 1998, seus netos fundaram a Docile, e desde então, a empresa não parou de crescer, com Nestor, agora com 88 anos, ainda ativo e presente na operação.

A expansão internacional também é um pilar da estratégia da empresa. A Docile tornou-se a maior exportadora de doces do Brasil, com 60% dos produtos enviados nos portos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina levando sua marca. As balas, em formatos de personagens clássicos, como Mickey e Minnie, são um exemplo de sua presença no comércio internacional.

De olho no mercado global de doces, que está avaliado em 69 bilhões de dólares, a Docile espera um crescimento contínuo. Contudo, mudanças nas tarifas impostas pelos Estados Unidos podem representar desafios para a indústria, mas a administração acredita que a demanda deverá se manter.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.