Inflação nos EUA supera previsões, mas cortes de juros seguem nos planos

Dados de agosto mostram inflação acima do esperado, mas Federal Reserve mantém planos de corte de juros.
11/09/2025 às 13:42 | Atualizado há 1 semana
Inflação nos EUA
Inflação dos EUA atinge 2,9% em 12 meses, a maior alta desde janeiro. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Os dados da inflação nos EUA de agosto mostraram um aumento inesperado, com o Índice de Preços ao Consumidor subindo 0,4%. Apesar disso, há a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) mantenha planos para cortes de juros em sua próxima reunião. A situação preocupa, pois a persistência da inflação pode afetar decisões futuras.

Nos últimos 12 meses, a inflação acumulou 2,9%, o maior aumento desde janeiro, impulsionado principalmente pelos preços da gasolina e alimentos. Embora essa taxa inflacionária exija atenção, analistas acreditam que isso não deve impedir o Fed de realizar os cortes esperados. O ritmo dos cortes de juros, no entanto, poderá ser afetado pela resistência inflacionária.

O cenário econômico é dinâmico e envolve vigilância constante dos indicadores. Recentes revisões mostraram uma forte queda no número de postos de trabalho, influenciando as expectativas sobre a atuação do Fed. A interação entre o mercado de trabalho e a inflação será crucial para as próximas decisões do banco central.
Os dados da inflação nos EUA de agosto vieram acima do esperado, revelando que o controle da inflação ainda não está completo. Apesar disso, a expectativa é que o Federal Reserve (Fed) mantenha o plano de corte de juros em sua próxima reunião. O foco agora se volta para o ritmo desses futuros cortes, que pode ser impactado pela persistência inflacionária.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) apresentou um aumento de 0,4% em agosto, superando a alta de 0,2% registrada em julho. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulou 2,9%, o maior aumento desde janeiro, impulsionado principalmente pelos preços da gasolina, energia e alimentos. Esse cenário inflacionário exige atenção, mas não deve impedir o corte de juros pelo Fed.

Analistas como Leonel Mattos da StoneX, apontam que, apesar da inflação mostrar resistência em se estabilizar, investidores ainda esperam o corte de juros na próxima reunião do Fed em setembro. A leitura da inflação e sua trajetória serão cruciais para as decisões futuras do Fed e para a comunicação de Jerome Powell, presidente do Fed, sobre os próximos passos.

A economista da AZ Quest, Isadora Junqueira, acredita que a persistência da inflação em patamares desconfortáveis pode impedir o Fed de se comprometer com novos cortes de juros no futuro. O mercado de trabalho também terá um papel importante nas decisões do Fed.

Dados recentes revelaram uma revisão para baixo de 911 mil postos de trabalho, a maior redução desde 2000, o que favorece a narrativa de cortes de juros. Rafael Perez, economista da Suno Research, destaca que a fraqueza no mercado de trabalho pode influenciar o Fed a priorizar o mandato ligado ao emprego.

Mattos, da StoneX, lembra que a criação de empregos nos EUA tem sido fraca desde maio, com a criação de apenas 22 mil vagas em agosto, abaixo do esperado. Diante desses riscos de desaceleração econômica e da ausência de confirmação dos riscos inflacionários, o Fed deve priorizar o suporte à economia por meio de cortes de juros.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, observa que a trajetória dos juros fica limitada. As projeções iniciais de um corte para cerca de 3% ou 3,5% ao ano parecem agora mais ousadas, considerando a ausência de sinais de deterioração econômica.

A inflação nos EUA, embora acima do esperado em agosto, não deve alterar o corte de juros imediato, mas o ritmo futuro das decisões do Fed permanece incerto. O mercado de trabalho e a persistência da inflação serão fatores determinantes nas próximas reuniões.

O cenário econômico permanece dinâmico e os investidores devem acompanhar de perto os indicadores e as decisões do Federal Reserve. A política monetária dos EUA tem impacto global, e suas decisões afetam diretamente os mercados financeiros e as economias de outros países.

Via InfoMoney

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