Influenciador francês morre em transmissão ao vivo e gera polêmica

Jean Pormanove faleceu durante stream e provoca investigações sobre abusos nas redes sociais.
19/08/2025 às 14:45 | Atualizado há 1 semana
Morte de Jean Pormanove
Influenciador Raphaël Graven falece durante live, caso investigado em Nice. (Imagem/Reprodução: G1)

A trágica morte de Jean Pormanove, influenciador francês, ocorreu durante uma transmissão ao vivo, chocando seus seguidores e a comunidade digital. O incidente levou o Ministério Público de Nice a abrir uma investigação sobre a violência nas redes sociais, especialmente em plataformas que permitem a exibição de conteúdos polêmicos.

Jean Pormanove era conhecido por suas transmissões em que enfrentava situações de abuso e violência, sempre em busca de visualizações. A gravação do momento fatídico mostra a vulnerabilidade do influenciador, ressaltando a necessidade de fiscalização mais rigorosa por parte das plataformas digitais para garantir a segurança dos participantes nas transmissões.

Este caso revela questões graves sobre a ética do conteúdo online e provoca um debate sobre a responsabilidade das plataformas na contenção de abusos. A ministra Clara Chappaz se manifestou contra a violência digital, exigindo medidas para proteger usuários. As investigações buscam responsabilizar os envolvidos em atos de violência e exploração no ambiente digital.
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A trágica Morte de Jean Pormanove, influenciador francês, durante uma transmissão ao vivo, desencadeou uma investigação por parte do Ministério Público de Nice. Raphael Graven, de 46 anos, conhecido online como Jean Pormanove e JP, era famoso por participar de vídeos onde sofria violência e humilhações, atos praticados por seus parceiros de conteúdo “Narutovie” e “Safine”. A transmissão chocante ocorreu na plataforma Kick e rapidamente se espalhou pelas redes sociais.

O vídeo da Morte de Jean Pormanove mostra o influenciador inconsciente momentos antes de sua morte ou da descoberta do falecimento. As imagens revelam a presença de outros dois homens e um deles atira um objeto em Graven. O Ministério Público declarou que o incidente ocorreu em um espaço alugado para transmissões de jogos ao vivo.

As investigações sobre a Morte de Jean Pormanove visam apurar possíveis crimes de “violência coletiva intencional contra pessoas vulneráveis” e a divulgação de imagens que ofendem a integridade pessoal. A plataforma Kick, conhecida por suas regras de moderação mais flexíveis, transmitiu os vídeos para milhares de espectadores. Jean Pormanove possuía mais de 500 mil inscritos em sua conta na plataforma.

Clara Chappaz, ministra-delegada para Inteligência Artificial e Tecnologia Digital da França, classificou a Morte de Jean Pormanove como “um horror absoluto” e denunciou o caso ao Pharos, serviço de combate à violência online. Ela também cobrou explicações da plataforma Kick, reforçando que a responsabilidade das plataformas digitais na disseminação de conteúdo ilegal é uma obrigação legal.

A plataforma Kick se pronunciou sobre a Morte de Jean Pormanove informando que não fornecerá informações adicionais devido à sua política de privacidade. Em seus termos de uso, a plataforma afirma proibir conteúdos que incitem violência hedionda.

Antes da sua Morte de Jean Pormanove, o streamer já havia sido alvo de controvérsias no canal “Le Lokal”, também na plataforma Kick. Em dezembro de 2024, o site francês Médiapart publicou uma reportagem investigativa que expôs um esquema de abuso online, onde “Safine” e “Narutovie” eram apontados como criminosos digitais e Jean Pormanove e “Coudoux”, uma pessoa com deficiência, como vítimas.

Os abusos sofridos por Jean Pormanove e Coudoux incluíam zombarias, jatos de água e tinta, tapas e estrangulamentos, conteúdos que eram exibidos para um grande público e monetizados pelos criadores. Outros conteúdos, como “Números e Analfabetos” e “Pergunta para um Mongol”, tinham como objetivo ridicularizar as capacidades mentais dos participantes.

A Morte de Jean Pormanove levanta sérias questões sobre a exploração e os abusos nos conteúdos online, bem como sobre a responsabilidade das plataformas em garantir a segurança e a integridade de seus usuários. A investigação em curso busca esclarecer as circunstâncias da morte e responsabilizar os envolvidos em atos de violência e exploração.

Via G1
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.