O Empreendedorismo feminino Brasil está em ascensão. Dados do Monitor Global de Empreendedorismo 2023 (GEM) indicam mais de 10 milhões de mulheres à frente de seus próprios negócios no país. Este crescimento demonstra maior participação feminina no mercado, mas também expõe desafios como acesso a crédito e desigualdade salarial. Apesar das dificuldades, mulheres têm transformado ideias em negócios prósperos. Conheça algumas histórias inspiradoras, destacadas pelo hub Construindo Futuros, parceria da EXAME com o Sebrae, que dá voz a empreendedoras brasileiras.
Manuela Blatt, aos 16 anos e morando nos EUA, criou o Brazil with an S. A rede voluntária oferece aulas gratuitas de inglês online para alunos de escolas públicas brasileiras. O projeto conta com 70 professores voluntários e mais de 500 inscrições de estudantes. Com aulas focadas em conversação, o projeto cria um ambiente de aprendizado descontraído. Atualmente, 165 alunos participam das aulas e 167 aguardam na fila de espera. Blatt busca doações para expandir o projeto, auxiliando alunos com dificuldades de acesso à internet e, futuramente, remunerando professores universitários em início de carreira.
Stephanie Carvalho iniciou a Insania em 2019, com R$ 1.045 e o sonho de criar vestidos com estampas exclusivas. Após fechar uma loja física, ela e seu noivo, Lucas Daros, investiram no e-commerce. O resultado: R$ 2,5 milhões de faturamento em 2023, com projeção de R$ 7 milhões para 2025. A identidade da marca e a proximidade com as clientes são os pilares do sucesso. Cartas escritas à mão acompanham as peças, criando um forte vínculo emocional. Metade das vendas vem de clientes que retornam. A pandemia, em vez de obstáculo, impulsionou o crescimento.
Luana Amy, de Mogi das Cruzes (SP), conciliava, aos 17 anos, vestibular de medicina e a criação de roupas. O interesse de amigos a levou a fundar, em 2019, a La’s Clothing. A marca de moda feminina já vendeu 135 mil peças e faturou R$ 5,7 milhões em 2024.
Helen Fernanda Dorneles Viana, de São Borja (RS), buscava flexibilidade para cuidar da filha. Investindo R$ 150 em atendimentos domiciliares, em 14 meses, abriu a HFBless Clínica de Estética Feminina, com cerca de 60 atendimentos mensais.
Após a falência de um negócio e burnout, Talita Watanabe fundou a 4us. A empresa cria experiências para marcas e faturou R$ 1,4 milhão em 2024. Agora, planeja sua internacionalização.
O empreendedorismo feminino no Brasil demonstra força e resiliência. As histórias mostram a capacidade de inovação e superação, mesmo com os desafios do mercado. A busca por soluções criativas e a dedicação impulsionam o crescimento desses negócios, contribuindo para a economia e inspirando outras mulheres.
Via Exame