Inter apresenta ROE de 13,9% e crescimento no crédito

No segundo trimestre, Inter alcançou ROE de 13,9% com crescimento de crédito. Conheça os detalhes desse desempenho.
06/08/2025 às 10:02 | Atualizado há 2 meses
ROE do Inter
Inter registra crescimento na rentabilidade e aceleração na carteira de crédito no segundo tri. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

O Inter teve um desempenho impressionante no segundo trimestre, com um ROE de 13,9% e um lucro líquido de R$ 315 milhões. Isso está alinhado com as projeções do mercado, indicando uma recuperação sólida e gestão eficaz. A carteira de crédito do banco, especialmente no consignado privado, cresceu 8% em relação ao trimestre anterior.

O crescimento da carteira de crédito demonstra o potencial do banco em um cenário desafiador. O CFO, Santiago Stel, destacou que o crescimento é impulsionado pelo consignado privado, iniciado em março, que agora tem um market share de 1,6%. O aumento na inadimplência no período foi controlado, com quedas significativas nos índices de atraso em pagamentos.

Com a melhora no índice de eficiência e a elevada cobertura das provisões para inadimplência, o banco se posiciona bem para o futuro. O Inter continuará focando no crescimento e na expansão de sua base de clientes, contando atualmente com 40 milhões de usuários. O desempenho é um indicativo da estratégia robusta da instituição em um mercado competitivo.
O **ROE do Inter** apresentou um desempenho notável no segundo trimestre, com a rentabilidade em expansão e uma aceleração na carteira de crédito, especialmente no consignado privado. A instituição financeira também demonstrou um controle eficiente da inadimplência.

O banco digital registrou um ROE de 13,9% e um lucro líquido de R$ 315 milhões, alinhado com as projeções do sellside, que estimavam um ROE de 14% e um lucro de R$ 318 milhões. O ROE do Inter alcançado foi o maior desde a abertura de capital (IPO), refletindo um crescimento de 100 basis points em relação ao trimestre anterior.

Um gestor de investimentos ponderou sobre a necessidade de o Inter manter um ritmo de crescimento constante para alcançar sua meta de ROE de 30% em 2027. Ele mencionou que o mercado espera um crescimento anual de seis pontos percentuais, o que exigiria um ROE de quase 18% em 2025 e 24% no ano seguinte.

Segundo o gestor, o consignado privado apresenta um grande potencial, mas enfrenta desafios no sistema governamental. Apesar disso, a carteira de crédito do Inter cresceu 8% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 40,2 bilhões, superando o crescimento do trimestre anterior (7%). No comparativo anual, o crescimento foi de 22%, o dobro do mercado.

A carteira de crédito pessoal, que inclui o consignado, se destacou com um crescimento de 11,7%. O CFO do Inter, Santiago Stel, informou que o crescimento foi impulsionado pelo consignado privado, produto lançado em março, com market share de 1,6% e uma carteira de R$ 730 milhões ao final do segundo trimestre.

Outras carteiras também apresentaram bom desempenho, como FGTS (8% no trimestre e 42% no ano), crédito imobiliário (11% e 27%) e cartões de crédito (6% e 24%). No quesito inadimplência, o NPL de 15 a 90 dias apresentou melhora de 20 bps, passando de 4,3% para 4,1%, enquanto o NPL de 90 dias manteve-se estável em 4,6%.

O ratio de cobertura subiu para 143%, indicando que as provisões do Inter equivalem a 143% dos empréstimos em atraso por mais de 90 dias. O CFO explicou que o aumento do ratio nos últimos trimestres ocorreu devido à construção da carteira de consignado privado e à potencial piora do cenário macroeconômico e das altas taxas de juros.

Santiago Stel comentou sobre as perspectivas para o segundo semestre, reconhecendo que o mercado será afetado pela alta da Selic. No entanto, ele ressaltou que o emprego teve um desempenho superior ao esperado e que o Inter continua a crescer a carteira em um ritmo semelhante ao de quando a Selic estava em 10%.

O índice de eficiência também apresentou melhora, passando de 48,8% para 47,1%, impulsionado pelo crescimento da receita em 9%, enquanto as despesas cresceram 5%. Atualmente, o Inter atende 40 milhões de clientes, dos quais 22,7 milhões são ativos.

O Inter possui um valor de mercado de US$ 2,9 bilhões na Nasdaq, com valorização de 58% desde o início do ano e 6% nos últimos doze meses. Recentemente, o BTG Pactual elevou a recomendação da ação para compra, destacando a expansão do top line e do bottom line em mais de 20% ao ano, com um índice P/L para 2026 próximo de 8x e um múltiplo price-to-book similar ao de 20 meses atrás.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.