Selic e investimentos em startups: vale a pena correr o risco?

Descubra se vale a pena investir em startups com a Selic elevada.
24/04/2025 às 07:31 | Atualizado há 2 meses
Investimentos em startups
Selic atinge 14,25%, o maior nível desde 2016, impactando a economia brasileira. (Imagem/Reprodução: Startupi)

Num cenário econômico global em constante mudança, entender as dinâmicas dos investimentos em startups é crucial. No Brasil, a taxa Selic, principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação, impacta diretamente o custo do crédito e, consequentemente, as decisões de investimento. Mas como essa taxa afeta o vibrante ecossistema de startups, especialmente no setor do agronegócio?

A Selic, ao influenciar o custo do crédito, pode parecer um obstáculo para o crescimento de empresas e o financiamento de novos projetos. Entretanto, o Brasil se mantém com uma economia sólida, impulsionada por setores estratégicos como o agronegócio e a indústria exportadora, que equilibram a balança comercial.

No setor de agronegócio, as chamadas agtechs mostram um cenário otimista. Um estudo recente, o Radar Agtech Brasil, revelou um aumento de 25% nos investimentos em startups da América Latina em comparação com o ano anterior. Isso indica que, mesmo com a Selic em patamares elevados, o setor de tecnologia voltado para o agro continua atraindo recursos.

O agronegócio se expande para além da produção de alimentos, tornando-se um campo fértil para inovação climática, biotecnológica e digital. O Brasil, com sua vasta biodiversidade e posição de destaque no setor, está se consolidando como um centro de inovação agroalimentar. Assim, investidores que compreendem os fundamentos do agro e as transições climáticas e energéticas podem encontrar grandes oportunidades.

A desvalorização do real também pode atrair capital internacional focado em clima e sustentabilidade. Investidores estão priorizando startups com tecnologias que promovem eficiência, sustentabilidade e competitividade no agronegócio nos principais mercados agrícolas da América Latina: Argentina, Brasil e México. A alta da Selic, portanto, não elimina oportunidades. Ela reequilibra o mercado, direcionando recursos para empresas preparadas para enfrentar desafios econômicos e gerar crescimento.

Para o agronegócio e suas startups, o risco pode valer a pena, especialmente com projetos que atraiam investidores dispostos a apoiar a inovação. A capacidade de adaptação e de identificar oportunidades em momentos de crise é crucial.

Via Startupi

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.