IPCA-15: Inflação prévia sobe para 0,33% em julho

A prévia da inflação de julho, medida pelo IPCA-15, atingiu 0,33%, superando as expectativas de analistas.
25/07/2025 às 09:22 | Atualizado há 19 horas
IPCA-15 de julho
Número supera expectativa; Habitação e energia elétrica impulsionam alta mensal. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O IPCA-15 de julho, considerado uma prévia da inflação oficial, apresentou um aumento de 0,33% neste mês, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse valor supera a alta de 0,26% registrada em junho, e também ficou um pouco acima da expectativa do consenso da Reuters, que era de um aumento mensal de 0,30%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o **IPCA-15** alcançou 5,30%, um ligeiro acréscimo em relação aos 5,27% observados no período anterior. Esse resultado reflete variações em diversos setores da economia, com destaque para o impacto nos custos de habitação e transporte.

O setor de habitação exerceu a maior influência, com uma variação de 0,98%, contribuindo com 0,15 ponto percentual para o índice geral. O principal fator foi o aumento de 3,01% nos preços da energia elétrica residencial, representando o item de maior impacto individual, com 0,12 p.p. A manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$4,46 a cada 100 kWh consumidos, também impactou esse aumento.

Reajustes tarifários em diversas capitais, como São Paulo (6,10%), Porto Alegre (5,07%), Curitiba (3,33%) e Belo Horizonte (3,89%), intensificaram o avanço no grupo de habitação. Em contrapartida, uma concessionária do Rio de Janeiro apresentou uma redução de 2,16% na tarifa.

Outros setores também registraram altas, como transportes (0,67%), impulsionado pelas passagens aéreas (19,86%) e transporte por aplicativo (14,55%), despesas pessoais (0,25%), saúde e cuidados pessoais (0,21%) e comunicação (0,11%). Em contrapartida, os combustíveis apresentaram um recuo de 0,57% no mês.

No setor de alimentação, os preços voltaram a cair (-0,06%), refletindo a segunda deflação consecutiva. A queda foi influenciada por produtos como batata-inglesa (-10,48%), cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%). A alimentação fora do domicílio acelerou de 0,55% em junho para 0,84% em julho.

Entre as regiões, Belo Horizonte registrou a maior alta (0,61%), impulsionada pelos preços da energia e da gasolina. Goiânia apresentou a menor variação, com um recuo de 0,05%, influenciado pela queda nos preços dos combustíveis.

Via InfoMoney

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