IPCA-15: Primeira deflação em 12 meses é prevista para agosto

Em agosto, a inflação deve registrar a primeira leitura negativa em 12 meses, trazendo alívio ao consumidor.
25/08/2025 às 16:21 | Atualizado há 12 horas
Inflação em agosto
Inflação em agosto pode ter a primeira leitura negativa em um ano. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Em agosto, o IPCA-15 deve apresentar um cenário inédito, com a primeira leitura negativa em 12 meses, sinalizando uma deflação de 0,21%. Essa situação traz um alívio significativo ao bolso dos consumidores, refletindo uma expectativa que se repetiu em agosto de 2024. Fatores como a redução nas tarifas de energia elétrica e a queda nos preços dos alimentos são os principais responsáveis por essa mudança.

O desconto nas contas de energia elétrica, impulsionado pelo bônus de Itaipu, tem sido destacado como um fator crucial para essa deflação. Além disso, itens alimentícios essenciais como arroz e feijão também devem apresentar redução nos preços, contribuindo para a tranquilidade financeira das famílias. No setor de serviços, a expectativa é de queda nas passagens aéreas, já que o período de férias está chegando ao fim.

Apesar dessa deflação temporária, especialistas alertam que isso pode ser revertido em setembro. A expectativa é que fatores como a bandeira vermelha 2 na energia e os reajustes em planos de saúde possam gerar aumentos nos preços. O cenário econômico mostra uma inflação esperada de 5% até o final de 2025, e uma cautela com relação à continuidade da deflação a longo prazo.
A inflação em agosto deve apresentar um cenário inédito, com a primeira leitura negativa em 12 meses, repetindo o feito de agosto de 2024. A prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) sinaliza uma deflação de 0,21%, conforme projeções do Broadcast, trazendo um respiro para o bolso do consumidor. Este alívio é impulsionado por fatores específicos que impactaram diversos setores da economia.

O alívio nas contas de energia elétrica, refletindo o bônus de Itaipu, é apontado como um dos principais vetores dessa deflação. A projeção do Daycoval, que indica uma queda de 0,24%, reforça a influência desse benefício temporário nas tarifas de energia.

A alimentação no domicílio também exerce um papel crucial nesse cenário, com a expectativa de deflação em itens básicos como arroz, feijão, ovos, aves, pescados, além de frutas e hortaliças. Essa redução nos preços dos alimentos contribui significativamente para o índice geral de deflação.

No setor de serviços, as passagens aéreas devem apresentar nova queda, refletindo o término do período de férias e festividades regionais. Os serviços subjacentes, apesar de ainda apresentarem valores elevados, mostram uma tendência de arrefecimento, o que deve continuar nos próximos meses.

Os bens industriais devem apresentar estabilidade, com um comportamento considerado positivo, mesmo com uma leve alta. Essa estabilidade contribui para mitigar pressões inflacionárias mais intensas em outros setores.

A Monte Bravo, alinhada com essa perspectiva, também projeta uma deflação de 0,23%. A instituição destaca o bônus de Itaipu nas contas de energia, a isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos do Programa Carro Sustentável, e a queda nos preços de alimentos e passagens aéreas como os principais propulsores do resultado do IPCA-15.

Luciano Costa, economista-chefe, alerta que o acionamento da bandeira vermelha 2 de energia, os reajustes nos preços de loterias e nos planos de saúde podem exercer pressão altista no índice em agosto. Esses fatores atenuam o impacto da deflação em alguns segmentos.

Apesar do alívio momentâneo, especialistas do Daycoval preveem que essa deflação seja revertida já em setembro, com o fim do impacto do bônus de Itaipu. A Monte Bravo compartilha dessa análise, projetando um aumento de 0,8% no próximo mês, destacando também a menor deflação nos preços dos alimentos.

Ambas as instituições financeiras estimam uma inflação de 5% ao final de 2025, com o Daycoval vislumbrando um viés de baixa para essa projeção. Essas estimativas refletem um cenário de cautela em relação à sustentabilidade da deflação no longo prazo.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.