O IPCA-15 de setembro mostrou uma alta de 0,48%, revertendo a deflação de 0,14% registrada em agosto. Os dados, divulgados pelo IBGE, apontam uma pressão inflacionária crescente. É importante observar que a expectativa era de uma alta de 0,51%.
Com uma variação acumulada de 3,76% no ano e 5,32% nos últimos 12 meses, a inflação acelerou. O setor de Habitação foi o principal responsável, com 3,31% de alta, impulsionado por reajustes e o fim de descontos. Outras categorias também subiram, enquanto o setor de Alimentação mostra uma queda.
Setores como Transportes enfrentaram retração, com quedas em passagens aéreas e gasolina. Todas as áreas analisadas pelo IBGE registraram inflação em setembro. Isso influencia as decisões do Banco Central e o comportamento da economia brasileira nos próximos meses.
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O IPCA-15 em setembro apresentou uma alta de 0,48%, revertendo a deflação de 0,14% observada em agosto, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado, embora ligeiramente inferior à expectativa de alta de 0,51% projetada por economistas da Reuters, sinaliza uma pressão inflacionária crescente.
A variação acumulada da prévia da inflação é de 3,76% no ano de 2025 e de 5,32% nos últimos 12 meses, superando a taxa de 4,95% do período anterior. Em setembro de 2024, o índice havia registrado um aumento de 0,13%, demonstrando que a inflação acelerou em comparação com o ano passado.
O setor de Habitação foi o que mais contribuiu para essa alta, com uma variação de 3,31% e um impacto de 0,50 ponto percentual, revertendo a queda de 1,13% de agosto. Esse movimento foi influenciado pelo fim do desconto do Bônus de Itaipu e pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em setembro, além de reajustes regionais, como o aumento de 11,38% em Belém.
Outros setores também apresentaram elevação, como Vestuário (0,97%), Saúde e cuidados pessoais (0,36%), Despesas pessoais (0,20%) e Educação (0,03%). Em contrapartida, o setor de Alimentação e bebidas registrou uma queda de 0,35%, a quarta consecutiva, com reduções em itens como tomate (-17,49%) e cebola (-8,65%). Os setores de Transportes (-0,25%), Artigos de residência (-0,16%) e Comunicação (-0,08%) também apresentaram retração.
No setor de Transportes, o resultado negativo refletiu as reduções em seguro voluntário de veículos (-5,95%), passagens aéreas (-2,61%) e gasolina (-0,13%). Por outro lado, houve reajustes nas tarifas de táxi, com aumentos em Belém (21,53%) e São Paulo (10,55%).
Todas as 11 áreas pesquisadas pelo IBGE apresentaram inflação em setembro. Recife teve a maior alta (0,80%), impulsionada pela energia elétrica e pela gasolina, enquanto Goiânia apresentou a menor variação (0,10%), com queda nos preços da gasolina e do tomate.
É importante lembrar que o IPCA-15 mede a variação de preços entre o dia 16 de um mês e o dia 15 do mês seguinte, sendo considerado uma prévia do IPCA, que é o índice oficial de inflação da economia brasileira.
Com os dados do IPCA-15 em setembro, analistas e o mercado financeiro ajustam suas projeções e estratégias, refletindo a importância desse indicador para a tomada de decisões econômicas. O comportamento dos preços nos próximos meses será crucial para determinar as próximas ações do Banco Central e suas implicações na economia.
Via InfoMoney
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