IPCA de outubro mostra desaceleração com queda nos preços de energia e alimentos

IPCA de outubro registra alta de 0,09%, menor do que o esperado, com queda nos preços da energia e alimentos.
11/11/2025 às 10:43 | Atualizado há 4 semanas
               
IPCA em outubro
IPCA sobe 0,09%, abaixo do esperado, e não deve impactar decisão do Copom. (Imagem/Reprodução: Forbes)

O IPCA de outubro teve variação de 0,09%, abaixo das expectativas do mercado que indicavam alta maior. Essa desaceleração sinaliza um alívio na inflação em comparação a setembro, quando o índice ficou em 0,48%.

No acumulado de 2025, o IPCA atingiu 3,73%, e em 12 meses ficou em 4,68%, refletindo moderação nos preços. A queda nos preços de energia elétrica e alimentos foi o principal fator para esse resultado.

Enquanto itens como batata-inglesa e óleo de soja subiram de preço, a redução da bandeira tarifária e a queda dos preços do arroz e leite auxiliaram na redução da pressão inflacionária. Analistas preveem manutenção dos juros pelo Banco Central em curto prazo.
O IPCA em outubro apresentou uma variação de 0,09%, conforme dados divulgados pelo IBGE. Este resultado ficou abaixo das estimativas do mercado, que apontavam para um aumento entre 0,14% e 0,15%. A variação demonstra um alívio em relação ao mês de setembro, quando o índice registrou 0,48%, indicando uma tendência de desaceleração da inflação.

No acumulado do ano de 2025, a inflação medida pelo **IPCA** atingiu 3,73%. Em um período de 12 meses, o índice ficou em 4,68%, um valor inferior aos 5,17% registrados nos 12 meses anteriores. Estes dados refletem um cenário de moderação nos preços ao consumidor.

A pesquisa do IPCA em outubro revelou que alguns grupos apresentaram variação negativa. Habitação, artigos de residência e comunicação registraram quedas de 0,30%, 0,34% e 0,16%, respectivamente. Vestuário e saúde apresentaram leves pressões de alta, mas sem grande impacto no índice geral.

A energia elétrica residencial teve um grande impacto, com uma redução de 2,39%, resultado da mudança na bandeira tarifária. A alimentação no domicílio também contribuiu para a queda do IPCA em outubro, com uma redução de 0,16%, influenciada pela diminuição nos preços do arroz e do leite longa vida.

Apesar da queda em alguns itens, outros produtos apresentaram alta nos preços. A batata-inglesa e o óleo de soja tiveram aumentos expressivos, com variações de +8,56% e +4,64%, respectivamente. Passagens aéreas e pacotes turísticos também ficaram mais caros no período.

Economistas do mercado financeiro apontam que o resultado do IPCA em outubro reflete uma combinação de fatores. A queda nos preços de alimentos e energia, junto com a desaceleração nos bens industriais, contribuiu para o alívio inflacionário. A melhora do câmbio e o alívio nos preços das commodities também foram citados como fatores relevantes.

Apesar do bom resultado do IPCA em outubro, a expectativa é de que o Banco Central mantenha uma postura conservadora em relação à taxa Selic. A maioria dos analistas não espera cortes de juros antes de março de 2026, aguardando uma confirmação da convergência das expectativas de inflação à meta estabelecida.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de baixa renda, apresentou uma alta de apenas 0,03% em outubro, também abaixo do registrado em setembro. Este resultado reforça o quadro de moderação dos preços ao consumidor em todas as faixas de renda.

Via Forbes Brasil

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