As forças israelenses aumentaram a intensidade dos ataques na Cidade de Gaza, bombardeando subúrbios e causando grande destruição. Este cenário já resultou no deslocamento de várias famílias e na morte de ao menos 18 pessoas, conforme relatado por autoridades de saúde locais. As operações militares têm sido graduais, mas perigosas para a população civil, que está cada vez mais em risco.
Os ataques foram especialmente contundentes em Sheikh Radwan, onde os moradores enfrentaram pesados bombardeios de tanques e aviões. A situação se torna mais crítica, pois os militares israelenses declararam a área uma
Forças israelenses intensificaram seus ataques na Cidade de Gaza, bombardeando subúrbios por ar e terra. A ação resultou na destruição de inúmeras casas e no deslocamento de mais famílias, enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, planeja tomar a cidade.
Autoridades de saúde locais relataram que os ataques israelenses causaram a morte de pelo menos 18 pessoas no domingo, incluindo 13 que buscavam alimentos perto de um centro de ajuda na Faixa de Gaza e duas em uma residência na Cidade de Gaza. O gabinete do porta-voz militar israelense informou que está investigando os relatos.
Moradores de Sheikh Radwan, um dos maiores bairros da Cidade de Gaza, relataram intensos bombardeios de tanques e ataques aéreos israelenses durante o fim de semana, forçando famílias a procurar refúgio nas áreas ocidentais da cidade. Os militares israelenses intensificaram gradualmente suas operações ao redor da Cidade de Gaza nas últimas três semanas, declarando a área como “zona de combate perigosa” e interrompendo as pausas para a entrega de ajuda humanitária.
Segundo Rezik Salah, morador de Sheikh Radwan, as forças israelenses estão avançando em direção ao coração da cidade, onde centenas de milhares de pessoas estão abrigadas, bombardeando áreas residenciais para forçar a população a evacuar. Uma autoridade israelense revelou que o gabinete de segurança de Netanyahu se reunirá para discutir os próximos passos para tomar a Cidade de Gaza, considerada o último reduto do Hamas.
Apesar disso, uma ofensiva em grande escala não deve ocorrer em breve, pois Israel busca a evacuação da população civil antes de mobilizar mais tropas terrestres. Mirjana Spoljaric, chefe da Cruz Vermelha, alertou que uma evacuação da cidade resultaria em um deslocamento populacional em massa, sobrecarregando outras áreas da Faixa de Gaza, já devastadas por meses de bombardeios e escassez de recursos.
Ghada, residente do bairro de Sabra, relatou que muitos buscaram abrigo com parentes no sul, enquanto outros não encontraram espaço devido à superlotação em Deir Al-Balah e Mawasi. Cerca de metade dos mais de dois milhões de habitantes da Palestina reside atualmente na Cidade de Gaza, com milhares já deslocados para as áreas central e sul.
As forças armadas de Israel alertaram seus líderes sobre os riscos da ofensiva aos reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. Protestos em Israel pedem o fim da guerra e a libertação dos reféns. A campanha militar israelense em Gaza resultou na morte de mais de 63 mil pessoas, a maioria civis, segundo autoridades de saúde palestinas, e mergulhou a região em uma grave crise humanitária.
Via Money Times