A Itália e a França decidiram não apoiar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, atrasando a assinatura esperada para esta semana. Países do Mercosul como Brasil, Argentina e Uruguai aguardam o avanço, enquanto a UE busca facilitar o comércio e reduzir tarifas.
Os líderes da Itália e França exigem salvaguardas para proteger os agricultores europeus, pedindo regras mais rígidas para importações e fiscalização mais rigorosa. A França, em especial, não aceita produtos que não atendam às normas europeias sobre pesticidas e segurança alimentar.
O impasse gera impaciência entre autoridades do Mercosul, que buscam fortalecer negociações com Japão, Índia e Canadá. A decisão afeta a dinâmica comercial e as relações bilaterais entre os blocos.
Itália e França disseram que não estão prontas para apoiar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, atrasando a assinatura que seria feita pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Brasil ainda nesta semana. O acordo, negociado por 25 anos, reúne Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.
A União Europeia e o Mercosul têm o intuito de facilitar o comércio, reduzir tarifas e aumentar o acesso a minerais, o que também pode diminuir a dependência da China. Países como Alemanha, Espanha e nações nórdicas veem o acordo como uma forma de apoiar exportações europeias prejudicadas pelas tarifas dos Estados Unidos.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, posicionou-se ao lado da França e pediu adiamento para garantir que os interesses dos agricultores europeus sejam preservados. Ela reforçou a necessidade de salvaguardas e um pacote de medidas com a Comissão Europeia para assegurar reciprocidade e proteção ao setor agrícola.
A França exige regras mais rígidas para produtos do Mercosul, incluindo o cumprimento das normas da UE sobre pesticidas e inspeções de segurança alimentar. O governo francês argumenta que não aceitará produtos com tratamentos proibidos em seu território.
O Parlamento Europeu e o Conselho da UE discutem o endurecimento dos controles para importações agrícolas, mas o partido Irmãos da Itália considera insuficientes as medidas propostas até o momento.
Enquanto isso, autoridades do Mercosul demonstram impaciência com o atraso e buscam outros acordos negociados com Japão, Índia e Canadá, destacando que este é um momento decisivo para as negociações.
Via Forbes Brasil