O Itaú está respondendo à crescente demanda de seus clientes por investimentos em criptoativos. Desde o ano passado, o banco permite a compra de Bitcoins e Ethers diretamente pelo aplicativo, e agora está expandindo suas opções de moedas digitais, incluindo novas criptomoedas na plataforma.
Atualmente, o portfólio do Itaú oferece cinco criptomoedas e, a partir do dia 18, serão adicionadas mais, como Chainlink e Litecoin. O banco adaptou sua estratégia na área de ativos digitais, focando em oferecer serviços de custódia de criptomoedas e simplificando a experiência de compra para os clientes.
Além de investir em tecnologia, o Itaú nota um interesse significativo dos clientes em criptomoedas, mas também um receio em usar exchanges. Assim, o banco busca criar um ambiente seguro e regulado para atrair esse público diversificado, que busca tanto proteção de capital quanto retorno especulativo.
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A crescente demanda dos clientes por investimentos em criptoativos tem impulsionado mudanças significativas no Itaú. O banco, que desde o ano passado permite a compra de Cripto no Itaú, como Bitcoin e Ether, diretamente pelo aplicativo para todos os correntistas, está expandindo ainda mais suas opções de moedas digitais.
Atualmente, a plataforma do banco oferece cinco criptomoedas: Bitcoin, Ether, Ripple, Solana e a stablecoin USDC. A partir do dia 18, o portfólio será reforçado com a inclusão de Chainlink, Avalanche, Litecoin, Aave e Polygon.
Inicialmente, a área de digital assets do Itaú foi estabelecida para explorar as possibilidades da tokenização, com foco em pagamentos internacionais. Segundo Eric Altafim, diretor de produtos e corporate sales do Itaú, uma das ideias era democratizar o acesso a fundos exclusivos, eliminando a necessidade de um patrimônio mínimo exigido, utilizando a tokenização como solução.
Contudo, o banco percebeu que sua plataforma ainda não estava totalmente preparada para esses objetivos e optou por redirecionar a área para a custódia e venda de criptomoedas. Essa mudança de estratégia ocorreu após os executivos do Itaú notarem uma crescente perda de recursos de clientes para corretoras especializadas em moedas digitais, o que exigiu uma reação imediata.
Eric Altafim explicou que o foco foi ajustado para oferecer serviços de custódia de criptomoedas, aproveitando a robusta infraestrutura tecnológica do banco. Para fortalecer essa área, Guto Antunes, ex-VP institucional para Brasil e América Latina da exchange Crypto.com, foi contratado em 2022 como superintendente de digital assets.
Com a custódia estabelecida, o banco desenvolveu uma solução tecnológica para disponibilizar as moedas aos clientes sem a necessidade de criar uma exchange própria. A experiência de compra é descrita como simples, comparável à aplicação em um CDB.
Inicialmente, o portfólio contava apenas com Bitcoin e Ether. O serviço foi sendo liberado gradualmente, começando no final de 2023, exclusivamente no aplicativo de investimentos do banco, o Íon. Em dezembro, o Itaú estendeu a oferta de criptoativos a todos os correntistas através do aplicativo tradicional do banco.
Guto Antunes afirmou que o banco mantém um diálogo constante com os clientes para entender suas demandas e preocupações em relação aos investimentos em criptomoedas. Pesquisas internas revelaram um grande interesse em ingressar no universo das criptomoedas, mas também um receio em utilizar exchanges ou manter recursos em digital wallets.
O histórico recente de falências de corretoras, ataques de hackers e perdas de carteiras reforçou a importância de criar um ambiente regulado e seguro para atrair potenciais investidores para os criptoativos. Guto Antunes ressaltou que o público é diversificado, com alguns buscando proteção de capital e outros visando retorno especulativo ou rendimento.
A entrada no mercado geralmente ocorre por meio de Bitcoin e Ethereum, que são ativos mais conhecidos e com maior disponibilidade de material educacional. Após adquirir conhecimento sobre Bitcoin e Ethereum, os investidores começam a explorar as altcoins, avaliando fatores como a rede utilizada, sua velocidade, tração no mercado e casos de uso específicos, como as stablecoins.
Além do Itaú, outros grandes bancos brasileiros, como Santander (via plataforma Toro), BTG, Nubank e Inter, também oferecem a venda direta de criptoativos aos seus clientes de varejo. Ao contrário dos EUA, onde um marco regulatório para criptoativos está sendo estabelecido agora, o Brasil já possui um arcabouço regulatório bem definido, criado em conjunto pelo Banco Central e pela CVM, com a participação da Anbima e dos bancos.
Uma das preocupações das autoridades internacionais é o uso de criptomoedas para a lavagem de dinheiro. Para mitigar esse risco, o Itaú segue rigorosamente as normas de “conheça o seu cliente” e impõe barreiras a certos tipos de negociação. O banco não permite o wallet out, ou seja, o envio de cripto para outra instituição. Para realizar essa operação, o cliente precisa vender suas posições e transformá-las em reais.
Por outro lado, o Itaú recentemente liberou o wallet in, permitindo depósitos de criptomoedas. No entanto, o banco só aceita os ativos após a certificação de sua origem. Empresas especializadas monitoram as movimentações e bloqueiam ativos provenientes de carteiras consideradas suspeitas. Bitcoin e Ether estão próximos de suas máximas históricas, com um aumento de quase 30% em dólares neste ano.
Via Brazil Journal
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