O Itaú Unibanco (ITUB4) está finalizando um acordo judicial com um antigo consultor contábil, mas seguirá com o processo contra Alexsandro Broedel Lopes, seu ex-diretor financeiro. A acusação principal é o recebimento de pagamentos irregulares durante o período em que Lopes trabalhou na instituição financeira. O banco alega que tanto o consultor Eliseu Martins quanto o ex-diretor violaram políticas internas ao participarem da contratação e pagamento de relatórios de consultoria sem a devida transparência.
O acordo com Martins prevê o pagamento de R$ 2,5 milhões ao banco, elevando o montante total devolvido para R$ 4 milhões. Documentos obtidos pela Reuters indicam que Martins reconheceu uma “sociedade de fato” com Broedel. Nesta sociedade, o ex-executivo colaborava em serviços de consultoria e relatórios contábeis, recebendo 40% das receitas geradas por esses serviços.
Martins declarou desconhecer quem autorizava e processava os pagamentos dentro do Itaú, alegando também que Broedel o informou de que a instituição tinha ciência da parceria entre ambos. O Itaú, por sua vez, afirma que a confissão de Martins comprova as apurações internas realizadas, que embasaram as medidas judiciais. As Ações contra ex-diretor, Broedel, continuarão.
Broedel, atualmente executivo sênior do banco espanhol Santander, pode vir a ocupar o cargo de diretor de contabilidade na instituição europeia. Até o momento, Broedel não se manifestou sobre o caso. Anteriormente, seus representantes negaram qualquer irregularidade. O Santander também preferiu não comentar o assunto.
O Itaú reforçou que a confissão de Eliseu Martins valida as investigações internas que levaram às Ações contra ex-diretor. Com o acordo firmado, o banco espera recuperar parte dos recursos desviados e reafirma seu compromisso com a transparência e a ética em suas operações. O processo contra Broedel segue em andamento, buscando responsabilizá-lo pelas irregularidades apontadas.
As Ações contra ex-diretor do Itaú Unibanco revelam um esforço da instituição em combater práticas irregulares e garantir a integridade de seus processos internos. O caso, que envolve tanto um ex-consultor quanto um ex-diretor financeiro, demonstra a importância da transparência e da conformidade com as políticas internas das empresas.
Via Money Times
