O mercado de açúcar tem se mostrado mais rentável em comparação ao etanol, como aponta o CFO da Jalles Machado, Rodrigo Penna de Siqueira. Este cenário levou a companhia a aumentar seus investimentos na produção de açúcar, buscando otimizar lucros e atender a demanda. Atualmente, as usinas operam com maior flexibilidade, adaptando o mix entre etanol e açúcar para maximizar a eficiência.
A Jalles Machado apresentou mudanças relevantes em sua operação, aumentando o mix de açúcar em suas usinas. A aquisição da unidade Santa Vitória em 2022 transformou-se em um passo estratégico, permitindo maior versatilidade. Além da expansão na produção, a empresa observa oportunidades com a crescente discussão nos Estados Unidos sobre o uso de açúcar de cana em refrigerantes, o que poderia aumentar significativamente a demanda mundial.
A busca pelo equilíbrio entre etanol e açúcar permite à Jalles Machado se destacar no setor sucroenergético. Essa flexibilidade na produção é vital, pois o consumo de açúcar continua em alta globalmente, especialmente na África e na Ásia. Além disso, a empresa posiciona-se de forma a enfrentar as dinâmicas do mercado, saindo na frente com inovações e estratégias que garantem seu crescimento.
“`html
O mercado de açúcar tem apresentado preços mais atrativos em comparação ao etanol nos últimos três anos. Segundo Rodrigo Penna de Siqueira, CFO da Jalles Machado, esse cenário impulsionou investimentos e ampliação na produção de açúcar. O foco do setor tem sido o Equilíbrio entre etanol e açúcar para otimizar os lucros e atender à demanda do mercado.
De acordo com Siqueira, o setor alcançava no máximo 48% de mix de açúcar. Atualmente, as usinas da Jalles operam com maior flexibilidade. A unidade Jalles, por exemplo, tinha 60% de mix, enquanto a Otávio Lage, 45%. A Santa Vitória, adquirida no final de 2022, era 100% etanol. A Otávio Lage aumentou para 60%, e construíram uma fábrica de açúcar em Santa Vitória, inaugurada em 2024.
Siqueira mencionou o debate nos Estados Unidos sobre a possível substituição do xarope de milho por açúcar de cana em refrigerantes. Ele explicou que, se a Coca-Cola fizesse essa mudança, seriam 1,5 milhão de toneladas a mais de açúcar. Se toda a indústria de refrigerantes americana adotasse essa medida, o aumento seria de 3 milhões de toneladas, representando um acréscimo de 2% no mercado mundial.
Essa discussão envolve questões de saúde, pois a frutose de milho gera um pico glicêmico elevado, enquanto o açúcar da cana tem absorção mais equilibrada. O CFO da Jalles Machado ressaltou que o consumo mundial de açúcar continua crescendo, especialmente na África e na Ásia. Ele acrescentou que, embora nos países desenvolvidos o consumo não tenha aumentado nos últimos 30 anos, a obesidade cresceu devido a outros fatores, como o excesso de massas e farináceos.
Durante o segmento de perguntas rápidas, Rodrigo compartilhou que um livro impactante para ele foi ‘Feitas para durar’, de Jim Collins. Ele também gosta de séries de suspense, como Prison Break, e da música ‘Tocando em Frente’, de Almir Sater. Para ele, sucesso é conseguir deixar um legado e impactar pessoas, transmitindo valores de ética e seriedade.
O equilíbrio entre etanol e açúcar é uma estratégia crucial para a Jalles Machado, permitindo flexibilidade na produção e adaptação às demandas do mercado. A empresa busca maximizar seus lucros, aproveitando tanto o potencial do etanol quanto as oportunidades no mercado de açúcar, como a possível mudança nos Estados Unidos. A flexibilidade operacional das usinas da Jalles Machado é um diferencial importante para enfrentar as dinâmicas do setor sucroenergético.
Via InfoMoney
“`