A JHSF concluiu a venda de todo o seu estoque pronto e em desenvolvimento, levantando R$ 5,25 bilhões, valor superior à previsão inicial. A operação incluiu imóveis antes destinados a aluguel, ampliando o montante captado para reforçar o caixa da empresa.
O valor captado será usado para finalizar projetos em andamento, amortizar dívidas e fortalecer o segmento de renda recorrente, sem destinação para pagamento de dividendos. A transação envolve participação da JHSF no fundo imobiliário e parcerias com grandes bancos.
Essa movimentação financeira deve melhorar a percepção de mercado sobre a empresa, com expectativa de múltiplos de valuation mais altos. Além disso, a JHSF Capital ampliará sua gestão de ativos para mais de R$ 10 bilhões, quase dobrando de tamanho.
A JHSF finalizou a captação de um fundo que adquiriu todo o estoque pronto e em desenvolvimento da sua área de incorporação, somando R$ 5,25 bilhões para reforçar o caixa. O valor supera a previsão inicial de R$ 4,6 bilhões, já que a empresa incluiu na venda imóveis que antes seriam destinados a aluguel dentro do negócio de renda recorrente.
A companhia, liderada por José “Zeco” Auriemo Neto, manteve uma participação de 24,9% das cotas subordinadas do fundo imobiliário, que será distribuído por Itaú BBA, Bradesco BBI e XP. Esses bancos garantiram a operação e assumirão as cotas caso a venda para clientes não ocorra.
A transação foi estruturada em duas etapas: dois terços do valor serão liberados até o início da próxima semana, e o restante será pago até dezembro de 2026. O CEO Augusto Martins informou que cerca de R$ 1,8 bilhão dos recursos serão destinados para a finalização dos projetos vendidos ainda em desenvolvimento.
Além disso, parte do capital servirá para amortizar dívidas e ampliar o caixa com foco na expansão do segmento de renda recorrente. A empresa não planeja usar esses recursos para pagamento de dividendos, uma prática comum atualmente para antecipar tributação.
Essa operação pode alterar a percepção do mercado sobre a JHSF, que hoje negocia a cerca de cinco vezes o EBITDA. Com a nova estrutura de balanço e foco em renda recorrente, a expectativa é que a empresa alcance múltiplos maiores, parecidos com os praticados por empresas semelhantes nos Estados Unidos, que ficam entre 10 e 15 vezes o EBITDA.
Além disso, a conclusão da venda fortalecerá a JHSF Capital, que gerirá o fundo e terá seu tamanho quase dobrado, ultrapassando R$ 10 bilhões em ativos sob administração.
Via Brazil Journal