A JHSF anunciou uma mudança significativa em seu modelo de incorporação. A empresa irá adquirir todo o seu estoque disponível, totalizando R$ 4,7 bilhões. Esta transação representa um marco no setor imobiliário brasileiro, potencialmente sendo a maior do segmento.
O financiamento da operação já está garantido por instituições financeiras de confiança, cuja identidade não foi revelada. O fechamento da captação é esperado para até o final do ano, prometendo aumentar a liquidez da JHSF e permitir um avanço em seus projetos imobiliários.
Com essa reestruturação, a JHSF manterá suas atividades de incorporação e renda recorrente, diversificando suas fontes de receita. A mudança pode também alterar a percepção do mercado sobre a empresa, que atualmente está avaliada em R$ 3,8 bilhões.
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A Modelo de incorporação da JHSF está passando por uma transformação marcante. A empresa anunciou a estruturação de um veículo de investimentos para adquirir todo o seu estoque de incorporação, tanto o pronto quanto o em desenvolvimento. A transação, que alcança a cifra de R$ 4,7 bilhões, promete ser a maior do gênero no mercado brasileiro.
A operação já tem garantia de captação, com a JHSF firmando contrato com instituições financeiras de ponta. Embora os nomes dessas instituições não tenham sido divulgados, elas asseguraram 100% do financiamento necessário. A expectativa é que a conclusão dessa captação ocorra até o final do ano corrente.
Ainda não há uma definição sobre se a gestão do fundo ficará a cargo da JHSF Capital, a gestora da companhia que atualmente detém R$ 3 bilhões em ativos. Contudo, considerando as recentes alienações de ativos da JHSF para fundos, essa é uma possibilidade forte.
Os ativos que serão comprados englobam todo o estoque ainda não comercializado da JHSF em empreendimentos de destaque. Entre eles, estão o Boa Vista Estates, Boa Vista Village, Reserva Cidade Jardim, São Paulo Surf Club Residences e a Fazenda Santa Helena.
Após a conclusão da operação, a JHSF manterá a totalidade de seu landbank, que possui um VGV (Valor Geral de Vendas) potencial de R$ 38 bilhões, segundo estimativas da empresa. Os futuros projetos a serem desenvolvidos nesse landbank poderão ser alocados tanto neste veículo quanto em outros que venham a ser criados.
É importante ressaltar que esta operação não configura um spin off da área de incorporação. A JHSF manterá suas duas frentes de atuação: a incorporação, agora com um modelo asset light, e os negócios de renda recorrente. A nova estrutura de capital permitirá que a empresa utilize recursos de terceiros para o desenvolvimento imobiliário, direcionando seus próprios recursos para a expansão dos negócios de renda, como shoppings, os hotéis Fasano, o aeroporto Catarina e a gestora.
Os negócios de renda recorrente têm sido uma prioridade para a JHSF nos últimos anos, apresentando um crescimento acelerado e respondendo por 74% da receita da companhia no segundo trimestre.
No fechamento do segundo trimestre, a JHSF registrou uma dívida líquida de R$ 1,5 bilhão e uma alavancagem de 1,7x EBITDA. Com o closing da transação anunciada, a empresa passará a ter uma posição de caixa líquido de R$ 3,2 bilhões.
A mudança pode impactar a avaliação de mercado da empresa, que fechou o dia valendo R$ 3,8 bilhões. Uma fonte próxima à JHSF acredita que “o mercado terá uma visão mais clara do valor intrínseco da companhia em seus diferentes negócios”. Além disso, a injeção de capital proporciona uma capacidade de balanço superior, conferindo segurança para o capex da empresa.
Atualmente, a JHSF está sendo negociada a cerca de 6 vezes o lucro estimado para 2026.
Via Brazil Journal
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