O ex-agente penitenciário federal Jorge Guaranho recebeu a Condenação Jorge Guaranho a 20 anos de prisão em regime fechado. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (13) após três dias de julgamento pelo Tribunal do Júri, presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler. O conselho de sentença era composto por sete jurados, quatro mulheres e três homens.
A denúncia, apresentada pelo Ministério Público do Paraná, foi por homicídio doloso duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum. O crime ocorreu durante a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, em Foz do Iguaçu. Guaranho invadiu a festa, que tinha o tema do PT, e disparou contra Arruda, matando-o na frente de familiares e convidados. Segundo testemunhas, ele gritou “aqui é Bolsonaro” antes de atirar. O evento foi gravado por câmeras de segurança.
A acusação argumentou que a motivação do crime foi baseada em divergências político-partidárias, o que, embora não explicitamente contemplado na legislação, foi considerado “motivo torpe”. A pena para homicídio simples varia de 6 a 20 anos, enquanto para o qualificado, pode chegar a 30 anos. Conseguir comprovar a motivação política foi crucial para a acusação.
Durante o julgamento, Guaranho, orientado por seus advogados, se recusou a responder perguntas da acusação. Ele admitiu ter chegado à festa com música da campanha de Jair Bolsonaro, ação que posteriormente qualificou como “idiotice”. Sua defesa alegou legítima defesa. Além de Guaranho, nove testemunhas foram ouvidas, incluindo a viúva de Arruda, o vigilante do clube e peritos criminais. Entre as testemunhas estavam amigos de ambos os envolvidos, fornecendo diferentes perspectivas sobre o ocorrido.
A Condenação Jorge Guaranho representa o encerramento de uma fase importante deste caso, mas as implicações do julgamento e seus impactos na sociedade brasileira ainda são objeto de debate. A sentença de 20 anos demonstra a gravidade do crime e a postura da justiça em relação à violência política.
Via Folha Vitória