JP Morgan eleva recomendação para ações da ISA Energia, com expectativa de valorização

JP Morgan atualiza avaliação da ISA Energia, com potencial de valorização e impactos positivos na regulação e litígios.
15/12/2025 às 10:21 | Atualizado há 17 horas
               
JP Morgan eleva recomendação de ISA Energia para Overweight, sinal de otimismo. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O banco JP Morgan revisou sua avaliação para as ações da ISA Energia (ISAE4), elevando de Underweight para Overweight e aumentando o preço-alvo para R$ 30 até 2026, indicando valorização próxima a 10%.

O banco destacou que o preço atual não considera totalmente benefícios regulatórios, ganhos em litígios e impactos favoráveis de eventuais cortes na Selic. A ISA teve alta de 30% no ano, mas ainda está atrás do setor.

Há negociações em andamento com o governo de São Paulo e a perspectiva de retomada das conversas regulatórias em 2026, bem como potenciais acordos relacionados a litígios financeiros significativos, que podem influenciar o desempenho futuro da empresa.

O banco JP Morgan atualizou sua avaliação para as ações da ISA Energia (ISAE4), passando de Underweight para Overweight. O preço-alvo para o fim de 2026 foi revisado, subindo de R$ 26,50 para R$ 30,00, indicando um potencial de valorização próximo a 10%.

De acordo com o banco, o valor atual das ações não reflete totalmente certos fatores. Entre eles, destaca-se o impacto positivo estimado da regulamentação em 3%, a valorização potencial de 23% a 33% relacionada a litígios, e um aumento de 3% no lucro por ação caso a Selic diminua 1 ponto percentual.

A ISA apresentou alta de 30% este ano, mas ainda está cerca de 30 pontos percentuais atrás do desempenho do setor. O JP Morgan atribui isso à ausência de gatilhos recentes, a negociações em andamento com o governo de São Paulo e à expectativa de adiamento dos cortes de juros.

No campo regulatório, a empresa deve retomar em 2026 o diálogo com a Aneel sobre investimentos realizados entre 2000 e 2012, com potencial de R$ 500 milhões em valor presente líquido. Quanto aos litígios, a negociação envolve custos do fundo de pensão entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões anuais, com créditos totais estimados em aproximadamente R$ 3 bilhões e valores ajustados podendo chegar a R$ 7 bilhões.

O banco destaca que possíveis acordos podem reduzir esses valores, e que o desfecho a curto prazo é incerto, sobretudo devido às eleições estaduais próximas. Além disso, cortes na Selic podem aumentar o lucro da empresa, beneficiada também pela extensão dos fluxos de caixa.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.