Justiça do Rio de Janeiro aprova falência do Grupo Oi

Decisão judicial aprova falência do Grupo Oi, marcando fim da recuperação judicial da empresa.
10/11/2025 às 18:23 | Atualizado há 4 semanas
               
Falência do Grupo Oi
Ações da empresa caem mais de 35% em forte queda nesta segunda-feira (10). (Imagem/Reprodução: Forbes)

A Justiça do Rio de Janeiro aprovou a falência do Grupo Oi, encerrando o segundo processo de recuperação judicial da empresa de telecomunicações. Esta decisão ocorreu após anos de dificuldades financeiras e dívida acumulada, culminando em forte queda no valor das ações.

Com a falência, as operações da Oi continuam sob administração judicial, mas todas as ações contra o grupo foram suspensas. Foi estabelecido o bloqueio de valores na conta restrita V.Tal, garantindo respaldo financeiro durante o processo de liquidação.

Este episódio marca o término de uma era para a Oi, que já foi referência no setor, mas enfrentou desafios severos em um mercado competitivo. A falência destaca a importância da gestão financeira para as empresas brasileiras.
A Falência do Grupo Oi, outrora uma gigante das telecomunicações no Brasil, culminou em uma queda acentuada de 35% nas ações da empresa nesta segunda-feira. A decisão da Justiça do Rio de Janeiro de converter o segundo processo de recuperação judicial em falência marca um capítulo complexo na história da companhia, que já foi considerada uma “campeã nacional”.

A “convolação” dos processos, conforme comunicado da Oi ao mercado, prevê a continuidade provisória das atividades sob a gestão de um administrador judicial. Este desfecho encerra um dos maiores e mais longos processos de recuperação judicial do país, iniciado em 2016, quando a empresa acumulava mais de R$60 bilhões em dívidas.

No primeiro processo de recuperação, que se estendeu por seis anos, a Oi alienou suas principais operações para concorrentes como Telefônica Brasil, Claro, TIM e V.Tal. Em 2023, a empresa ingressou com um segundo pedido de recuperação judicial, buscando reestruturar suas finanças.

O impacto da decisão judicial refletiu-se imediatamente no mercado de ações. As ações ordinárias (ON) da Oi despencaram 35,71%, cotadas a R$ 0,18, enquanto as ações preferenciais (PN) registraram uma queda ainda mais expressiva, de 47,85%, atingindo R$ 2,43.

A trajetória da Oi, que chegou a expandir suas operações para a Europa e África durante o primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revela um declínio constante. No primeiro semestre deste ano, a empresa acumulou uma dívida líquida de R$ 10 bilhões, com um caixa de R$ 1,15 bilhão. O resultado operacional do segundo trimestre foi negativo em quase R$ 100 milhões, conforme dados divulgados pela própria companhia.

A decisão judicial também determinou a suspensão de todas as ações e execuções contra a Oi, além de proibir qualquer ato de disposição ou oneração de bens do Grupo Oi. Adicionalmente, a Justiça do RJ ordenou o bloqueio de valores do chamado “caixa restrito V.Tal“, até que se demonstre o respaldo contratual e fático para os recebíveis descontados.

A Falência do Grupo Oi representa um marco no setor de telecomunicações brasileiro. A empresa, que já foi vista como um símbolo de inovação e crescimento, enfrenta agora o desafio de liquidar seus ativos e encerrar suas operações.

Este caso serve como um lembrete dos riscos e desafios enfrentados pelas empresas em um mercado global competitivo e em constante transformação. A Falência do Grupo Oi destaca a importância de uma gestão financeira sólida, de investimentos estratégicos e de uma capacidade de adaptação às mudanças do mercado.

A Falência do Grupo Oi é um evento que marca o fim de uma era para a empresa e para o setor de telecomunicações brasileiro. Resta agora acompanhar os próximos passos do processo de liquidação e os impactos no mercado e na economia do país.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.