Após uma década de sua megafusão, a Kraft Heinz está considerando reverter a fusão da Kraft Heinz, separando suas operações em duas entidades distintas, conforme reportado pelo Wall Street Journal. Essa reestruturação busca impulsionar o valor de mercado da empresa, que enfrenta desafios desde a união arquitetada por Warren Buffett e a 3G Capital.
A decisão de reverter a fusão da Kraft Heinz vem em um momento crucial, com a empresa priorizando produtos de crescimento rápido, como molhos e condimentos. Simultaneamente, a divisão de alimentos embalados tem sofrido com a mudança nos hábitos de consumo, onde os clientes buscam opções mais saudáveis e acessíveis.
A notícia da possível cisão impulsionou as ações da Kraft Heinz em 2,5%, fechando a US$ 27,14. No entanto, o desempenho geral da empresa tem sido desanimador, com uma queda de 15% em doze meses e uma perda de mais de 60% em valor de mercado desde a fusão, representando cerca de US$ 57 bilhões.
A gestão da Kraft Heinz acredita que a nova empresa, focada em molhos e pastas, pode ser avaliada em até US$ 20 bilhões. A expectativa é que, separadas, as duas empresas superem o valor de mercado atual da Kraft Heinz, que é de US$ 32 bilhões. Um anúncio oficial é esperado nas próximas semanas, mas a empresa ainda avalia outras possibilidades e a alocação de marcas para cada divisão.
A 3G Capital, que antes tinha uma participação significativa na Kraft Heinz, zerou sua posição até o final de 2023. A Berkshire Hathaway, liderada por Warren Buffett, continua sendo a maior acionista, com 28% das ações, embora Buffett não participe mais do conselho.
A fusão da Kraft com a Heinz ocorreu em 2015, dois anos após a compra da Heinz por Buffett e a 3G Capital em 2013. A empresa combinada enfrentou dificuldades em cortar custos e lidar com vendas estagnadas e lucros em declínio. Agora, a reversão da fusão da Kraft Heinz pode representar uma nova estratégia para revitalizar a empresa e atender às demandas do mercado atual.
Via Brazil Journal
