Kristine Tompkins, ex-CEO da Patagonia, lidera movimento pela conservação da natureza

Conheça a trajetória de Kristine Tompkins, ex-CEO da Patagonia, e sua cruzada pela preservação ambiental no mundo.
28/04/2025 às 06:32 | Atualizado há 5 meses
Kristine Tompkins Patagonia
Protege 5,7 milhões de hectares na América do Sul e sua missão continua. #Conservação #ForbesBrasil. (Imagem/Reprodução: Forbes)

**Kristine Tompkins Patagonia**: Uma Trajetória de Conservação e Legado Ambiental

Kristine Tompkins, ex-CEO da Patagonia, tem dedicado mais de três décadas à conservação dos ecossistemas sul-americanos, protegendo vastas áreas no Chile e na Argentina. Sua visão conecta a restauração ecológica ao bem-estar das comunidades, demonstrando que a preservação ambiental vai além da criação de parques.

A Transição de Kristine Tompkins para a Conservação

Após uma carreira de sucesso como CEO da Patagonia, Kristine Tompkins Patagonia optou por se dedicar integralmente à conservação, impulsionada por uma busca pessoal por uma vida mais conectada à natureza. Junto com seu marido Douglas Tompkins, fundador da The North Face e Esprit, ela iniciou a aquisição de terras para restauração e doação como parques nacionais.

Desafios e Superação na Conservação Ambiental

O início da jornada de Kristine Tompkins Patagonia na conservação enfrentou resistência e ceticismo por parte de autoridades e comunidades locais, que duvidavam da sinceridade do projeto de doação das terras. No entanto, a persistência e os resultados obtidos ao longo do tempo provaram o compromisso da Tompkins Conservation, que participou da criação ou expansão de 15 parques nacionais, incluindo o Parque Nacional Patagonia no Chile e o Parque Nacional Iberá na Argentina.

A Abordagem de *Rewilding* e a Reintrodução de Espécies

Kristine Tompkins percebeu que proteger o território não era suficiente, implementando uma abordagem de *rewilding* para reintroduzir espécies-chave e restaurar ecossistemas completos. Um exemplo notável foi a reintrodução da onça-pintada nos Esteros del Iberá, onde a espécie estava ausente por mais de 70 anos, resultando em uma população de cerca de 40 indivíduos, expandindo seu território para o Brasil e Paraguai.

Conectividade e a Expansão da Conservação

A Tompkins Conservation trabalha com 27 espécies na Argentina e no Chile, incluindo pumas, jaguatiricas e condores, que desempenham papéis ecológicos essenciais. A conectividade entre parques é um desafio crucial, com a criação de conexões entre o Parque Nacional Iberá e o Parque Nacional El Impenetrable, além da aquisição de terras nas Yungas e em Misiones para estabelecer corredores biológicos.

O Envolvimento das Comunidades Locais na Conservação

Kristine Tompkins enfatiza que a restauração ecológica deve envolver as comunidades locais, que possuem conhecimento profundo do território. A Tompkins Conservation trabalha lado a lado com essas comunidades, integrando benefícios concretos em cada projeto, como o ecoturismo, que gera novas fontes de renda e fortalece o vínculo entre as pessoas e seu entorno.

A importância do Ecoturismo para a Economia Local

Em Iberá, dez comunidades se beneficiam diretamente do retorno da onça-pintada e outras espécies, que se tornam símbolos de identidade e atrações turísticas. Para Kristine Tompkins, o envolvimento e o empoderamento das comunidades são essenciais para o sucesso da conservação a longo prazo.

Conservação e Resiliência Ecológica

Diante das mudanças climáticas e da perda de biodiversidade, a Tompkins Conservation e suas organizações aliadas, Rewilding Argentina e Rewilding Chile, estão focadas em conectividade e resiliência ecológica. A missão central permanece: devolver ao mundo sua natureza selvagem, encarando a conservação como uma tarefa possível e urgente.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.