Após sua performance no Coachella, na Califórnia, Lady Gaga se tornou um dos assuntos mais comentados. A “Mother Monster”, como é carinhosamente chamada pelos fãs, apresentou um show grandioso, levando uma ópera ao deserto e recebendo aclamação da imprensa internacional. Essa apresentação serve como uma prévia do que o público pode esperar no show gratuito na Praia de Copacabana, marcado para 3 de maio.
Luiz Oscar Niemeyer, CEO da Bonus Track, revelou que o show de Lady Gaga no Rio será ainda maior que o apresentado no Coachella. A produtora, responsável por trazer Madonna a Copacabana no ano anterior, firmou parceria com a prefeitura do Rio para realizar um mega show por ano até 2029 na famosa praia carioca. A estrutura para o espetáculo já está em ritmo acelerado de montagem.
Com uma área de palco de 1.260 metros quadrados, elevada a 2,20 metros da areia para garantir a visibilidade do público, o evento contará com um mega telão de LED de última geração e mais 10 telões espalhados pela praia. Além disso, o show de Lady Gaga no Rio terá duração de duas horas e meia, 40 minutos a mais do que a performance no Coachella.
Niemeyer, que se tornou especialista em shows em Copacabana, relembrou sua experiência ao trazer os Rolling Stones em 2006 para um público de 1,5 milhão de pessoas, evento que o fez jurar nunca mais repetir a dose. No entanto, cedeu à pressão em 2012 para produzir o show de Stevie Wonder com Gilberto Gil, reunindo 850 mil pessoas.
A prefeitura do Rio o procurou há cerca de dois anos com a proposta de retomar os shows em Copacabana. Inicialmente, ele aceitaria apenas se fosse para trazer Madonna, mas agora assumiu o compromisso de realizar shows anualmente. Para viabilizar esses eventos, a Bonus Track conta com a plataforma “Todo Mundo no Rio” e já garantiu o patrocínio da Corona e do Santander Brasil (SANB11) para os próximos quatro anos.
“O evento gratuito precisa desses patrocínios, devido aos custos elevados e ao nível de produção”, afirmou Niemeyer, destacando a importância da repercussão e do impacto que um show desse porte tem para a cidade do Rio de Janeiro e para as marcas envolvidas.
A negociação para trazer Lady Gaga no Rio já vinha acontecendo há algum tempo, segundo Niemeyer. Ele explicou que a Bonus Track está sempre em contato com empresários e agentes dos artistas para encontrar projetos que façam sentido tanto para a produtora quanto para a carreira do artista. A possibilidade de dar continuidade ao projeto da praia de Copacabana se encaixou perfeitamente com a disponibilidade da cantora.
Copacabana se tornou um atrativo para os artistas, na visão de Niemeyer, por ser um show único no mundo, em um local espetacular, com uma cenografia natural da cidade. A praia é um ícone mundial, propícia para esse tipo de evento, com uma faixa de areia larga e o Copacabana Palace, que oferece infraestrutura para a produção.
A associação das empresas a mega shows e festivais se justifica pelo desenvolvimento da indústria e pelo entendimento das marcas sobre a importância da música. Praticamente todas as grandes empresas têm alguma ligação com a música, seja patrocinando eventos, casas de espetáculos ou teatros. O Brasil possui um parque industrial pronto para atender a esses mega shows, com profissionais capacitados.
Embora alguns festivais tenham enfrentado dificuldades, o sucesso de um evento está ligado a um bom line-up e à experiência oferecida ao público. No caso do MITA, a Bonus Track pretende retomar o festival no futuro, mas estrategicamente considerou que não era o momento de seguir devido à concorrência e à repetição de artistas.
O perfil de artista que se encaixa na plataforma “Todo Mundo no Rio” é aquele que possui grande repercussão mundial e que pode gerar um impacto positivo para a cidade do Rio de Janeiro, oferecendo entretenimento gratuito ao público e gerando notícias positivas.
O show de Lady Gaga no Rio promete ser um marco, não só para os fãs da cantora, mas também para a cidade, consolidando Copacabana como palco de grandes eventos e reforçando a importância da música como plataforma de comunicação e entretenimento.
Via InfoMoney