Lei australiana que limita o uso de redes sociais por jovens levanta debate no Brasil

Austrália proíbe acesso de menores a redes sociais; especialistas brasileiros discutem aplicabilidade no país.
12/12/2025 às 07:43 | Atualizado há 3 dias
               
Diálogo inspirador entre Priscila Camazano e Maria Mello, sobre o digital e impacto social. (Imagem/Reprodução: Redir)

A Austrália implementou uma lei que impede jovens menores de 16 anos de acessarem redes sociais como Instagram e TikTok. A medida visa proteger crianças de cyberbullying e conteúdos nocivos.

No Brasil, especialistas discutem os desafios de aplicar regra semelhante, considerando as diferenças culturais e a importância das redes na vida dos adolescentes. O debate visa encontrar formas de segurança digital sem restringir o acesso.

A experiência australiana destaca a preocupação global com o impacto das redes digitais na saúde mental dos jovens. No país, busca-se equilíbrio entre proteção e liberdade na internet.

A Austrália se tornou o primeiro país no mundo a implementar uma lei que proíbe jovens de usar redes sociais antes dos 16 anos. A medida, que já está em vigor, restringe o acesso de mais de um milhão de menores a plataformas como Snapchat, Instagram, TikTok e YouTube. O governo afirma que a iniciativa atende a pedidos dos pais, com o objetivo de proteger crianças e adolescentes contra cyberbullying, exposição a conteúdos nocivos e os efeitos de algoritmos que promovem uso excessivo.

Especialistas e debatedores brasileiros questionam se uma legislação similar seria viável no Brasil, dada a complexidade do uso das redes sociais entre jovens e as diferenças culturais e legais no país. Maria Mello, líder do eixo digital do Instituto Alana, comenta sobre os desafios de implementar uma proibição desse tipo, considerando a diversidade social e o papel das redes na vida dos adolescentes.

O tema foi discutido no programa “Como é que é?”, da TV Folha, onde se apresenta a experiência australiana e as possíveis consequências de uma regra desse tipo no contexto brasileiro. A regulamentação visa principalmente garantir uma infância mais segura e estimular práticas digitais mais conscientes.

Embora o bloqueio direto não solucione todos os problemas associados às redes, a ação australiana ressalta a crescente preocupação global sobre o impacto das plataformas digitais na saúde mental e no desenvolvimento dos jovens. No Brasil, o debate segue aberto, com especialistas avaliando alternativas para proteger crianças sem restringir o acesso à informação e à socialização proporcionada pela internet.

Via Folha de S.Paulo

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.