A Austrália implementou uma lei que impede jovens menores de 16 anos de acessarem redes sociais como Instagram e TikTok. A medida visa proteger crianças de cyberbullying e conteúdos nocivos.
No Brasil, especialistas discutem os desafios de aplicar regra semelhante, considerando as diferenças culturais e a importância das redes na vida dos adolescentes. O debate visa encontrar formas de segurança digital sem restringir o acesso.
A experiência australiana destaca a preocupação global com o impacto das redes digitais na saúde mental dos jovens. No país, busca-se equilíbrio entre proteção e liberdade na internet.
A Austrália se tornou o primeiro país no mundo a implementar uma lei que proíbe jovens de usar redes sociais antes dos 16 anos. A medida, que já está em vigor, restringe o acesso de mais de um milhão de menores a plataformas como Snapchat, Instagram, TikTok e YouTube. O governo afirma que a iniciativa atende a pedidos dos pais, com o objetivo de proteger crianças e adolescentes contra cyberbullying, exposição a conteúdos nocivos e os efeitos de algoritmos que promovem uso excessivo.
Especialistas e debatedores brasileiros questionam se uma legislação similar seria viável no Brasil, dada a complexidade do uso das redes sociais entre jovens e as diferenças culturais e legais no país. Maria Mello, líder do eixo digital do Instituto Alana, comenta sobre os desafios de implementar uma proibição desse tipo, considerando a diversidade social e o papel das redes na vida dos adolescentes.
O tema foi discutido no programa “Como é que é?”, da TV Folha, onde se apresenta a experiência australiana e as possíveis consequências de uma regra desse tipo no contexto brasileiro. A regulamentação visa principalmente garantir uma infância mais segura e estimular práticas digitais mais conscientes.
Embora o bloqueio direto não solucione todos os problemas associados às redes, a ação australiana ressalta a crescente preocupação global sobre o impacto das plataformas digitais na saúde mental e no desenvolvimento dos jovens. No Brasil, o debate segue aberto, com especialistas avaliando alternativas para proteger crianças sem restringir o acesso à informação e à socialização proporcionada pela internet.
Via Folha de S.Paulo