No mundo da arte, a inovação não para! A tradicional casa de leilões Christie’s, com mais de 250 anos de história, realizou sua primeira exposição totalmente dedicada a obras feitas por IA. A mostra, intitulada “Augmented Intelligence”, reuniu projetos de pioneiros e artistas contemporâneos que utilizam a inteligência artificial como ferramenta criativa.
A exposição “Augmented Intelligence” apresentou uma coleção diversificada de 34 lotes, alcançando a marca de US$ 728,784 mil (equivalente a R$ 4,1 milhões). A obra “Machine Hallucinations – ISS Dreams – A”, do artista Refik Anadol, foi o grande destaque, sendo arrematada por US$ 277,200 mil (R$ 1,5 milhão).
As peças ficaram expostas no Rockefeller Center, em Nova York, durante duas semanas, e puderam ser adquiridas exclusivamente online. Nicole Sales Giles, líder comercial de arte digital da Christie’s, ressaltou a importância e o impacto da coleção, mesmo com 14 obras vendidas abaixo do valor estimado inicialmente.
A iniciativa da Christie’s não foi isenta de controvérsias. Quase 4.000 pessoas assinaram uma carta solicitando o cancelamento do evento, sob a alegação de que as obras feitas por IA utilizam dados protegidos por direitos autorais sem a devida compensação. A organização se posicionou a favor dos artistas, reconhecendo seu talento e multidisciplinaridade no uso da inteligência artificial.
Os colecionadores puderam apreciar uma variedade de estilos e abordagens nas obras feitas por IA, que exploraram temas como alucinações de máquinas e sonhos espaciais. A exposição representou um marco na história da arte, evidenciando a crescente influência da inteligência artificial no processo criativo. A Christie’s se mantém atenta às discussões sobre direitos autorais e propriedade intelectual no contexto da arte gerada por IA.
Essa primeira exposição de obras feitas por IA na Christie’s demonstra como a tecnologia está transformando o cenário artístico, abrindo novas possibilidades para artistas e colecionadores. Resta acompanhar os próximos capítulos dessa história e como a inteligência artificial continuará a moldar a arte no futuro.
Via Forbes Brasil
