Em meio ao excesso de informações, líderes de marketing de grandes empresas brasileiras destacam a importância do branding para além das métricas tradicionais. O foco é criar experiências envolventes que fidelizem o público a longo prazo.
Especialistas de empresas como Nubank, Visa e Rede Globo discutem como associar marcas a eventos relevantes e investir em narrativas que capturem a atenção do consumidor. A integração de plataformas e a personalização da experiência também são estratégias fundamentais.
No segmento B2B, a atenção se conquista por meio da reputação e confiabilidade, com apoio da tecnologia e inteligência artificial. Construir uma identidade forte e conexões autênticas com o público é o caminho para se destacar no cenário atual.
Em um cenário de constante enxurrada de informações, o branding de marca se destaca como um pilar fundamental para empresas que almejam não apenas sobreviver, mas prosperar. Durante o “Prêmio As Marcas Mais Valiosas do Brasil 2025”, líderes de marketing de empresas renomadas como Nubank, Visa e Rede Globo se reuniram para debater as estratégias de construção e consolidação de marcas em um mercado onde a atenção do consumidor é um recurso cada vez mais escasso.
A discussão girou em torno da necessidade de ir além das métricas tradicionais, focando na criação de experiências imersivas e conteúdos que realmente engajem e fidelizem os clientes a longo prazo. A premiação, que contou com o InfoMoney como parceiro oficial na divulgação do ranking, avalia a força das marcas brasileiras, com a consultoria TM20 Branding, em colaboração com Brazil Panels e Elos Ayta, sendo responsável pela avaliação.
Renata Benigna, da ESPM e Media Director da Visa, enfatizou que o branding de marca é uma estratégia crucial para o fortalecimento de qualquer marca. Ela também mencionou a importância de associar marcas a eventos de grande relevância, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo, para ampliar a visibilidade e reforçar a identidade da marca no imaginário do consumidor.
Tiago Lara, do Nubank, complementou que a mensuração de resultados é importante, mas não deve ser o foco principal de uma campanha de branding de marca. Segundo ele, o ideal é que a marca persiga as métricas, e não o contrário. O Nubank, por exemplo, prioriza a autenticidade e a participação na cultura popular, utilizando entretenimento para criar conexões genuínas com o público.
Para Gabriela Sicito, da Rede Globo, o futuro do branding de marca está intrinsecamente ligado à economia da atenção. Em um mundo onde somos bombardeados por conteúdo a cada segundo, a capacidade de criar narrativas que realmente capturem e mantenham o interesse do público é o que determinará o sucesso de uma marca. A Globo, por exemplo, tem investido na integração de diferentes plataformas, como TV, streaming e redes sociais, para conhecer e atender às preferências de seus consumidores.
Guilherme Stefanini, do Stefanini Group, trouxe a perspectiva do mercado B2B, onde o branding de marca apresenta desafios ainda maiores. Diferentemente do B2C, onde a emoção pode influenciar a decisão de compra, no B2B é essencial construir uma reputação de expertise e confiabilidade para que o cliente se lembre da marca quando precisar. Stefanini aposta no fortalecimento da presença digital e no uso de tecnologias como a inteligência artificial para personalizar a experiência do cliente.
Em um cenário onde a atenção é o novo ouro, as empresas que souberem construir narrativas relevantes e criar conexões autênticas com seu público certamente se destacarão. O branding de marca, portanto, vai muito além de um logotipo ou um slogan: é a construção de uma identidade forte e de um relacionamento duradouro com o consumidor.
Via InfoMoney