O aguardado Lost Records Bloom & Rage, desenvolvido pelos criadores de *Life is Strange*, chamou a atenção dos fãs durante o The Game Awards 2023, com um trailer que evoca nostalgia e mistério. Este jogo narrativo, que lembra os títulos originais da franquia da *Square Enix*, acompanha a história de quatro adolescentes em uma pequena cidade americana nos anos 90, onde um evento enigmático marca suas vidas para sempre. A trama se desenrola em duas linhas temporais, saltando para o futuro, 27 anos depois, quando os segredos do passado ressurgem.
Dividido em duas partes, o primeiro capítulo de *Lost Records* foi lançado em 18 de fevereiro, enquanto o final está previsto para 15 de abril. O jogo foca nas escolhas do jogador e na narrativa envolvente, elementos que marcaram os primeiros jogos de *Life is Strange*. Mas por que *Lost Records* não é oficialmente um título da franquia *Life is Strange*? A resposta envolve questões de burocracia e diferenças criativas entre a *Dontnod* e a *Square Enix*, detentora da propriedade intelectual.
A franquia *Life is Strange*, criada pela *Dontnod* em parceria com a *Square Enix*, passou por mudanças significativas após o estúdio francês ser afastado do desenvolvimento. Com isso, a *Deck Nine* assumiu a produção, focando em personagens conhecidos e elementos sobrenaturais. *Lost Records Bloom & Rage* surge como um projeto independente, trazendo de volta a essência dos dois primeiros jogos da saga, com personagens carismáticos e uma narrativa repleta de escolhas.
A história de *Lost Records* acompanha a protagonista Swann em dois momentos distintos de sua vida, similar a obras como *IT: A Coisa*. No passado, acompanhamos a jovem de 16 anos vivendo seu último verão com um grupo de amigas em Velvet Cove, enquanto no presente, Swann retorna à cidade para reencontrar suas antigas companheiras após um misterioso pacote as reunir novamente. O jogo se destaca pelas possibilidades narrativas, onde cada diálogo contribui para o relacionamento entre as personagens e as escolhas impactam o desenrolar da história.
Além da densidade dos personagens, *Lost Records Bloom & Rage* oferece novas mecânicas de *gameplay*, integrando a narrativa ao ambiente e permitindo interações extras com as personagens. A ambientação nos anos 90 é um dos pontos altos, com referências a obras do cinema e da música que transportam o jogador para 1995. A protagonista Swann, apaixonada por cinema, utiliza uma câmera de vídeo para registrar momentos e criar *cutscenes* personalizadas, adicionando uma camada extra de imersão ao jogo.
A trilha sonora de *Lost Records*, com foco em obras autorais e bandas independentes, complementa a atmosfera dos anos 90, integrando as músicas à narrativa e criando uma experiência sonora envolvente. Apesar dos acertos, o jogo apresenta alguns problemas técnicos, como a sincronia labial e o carregamento de texturas. No entanto, *Lost Records* merece a atenção dos fãs de jogos narrativos e promete ser um dos melhores títulos de 2025, oferecendo uma experiência sentimental e inovadora.
Com mecânicas avançadas e um *gameplay* divertido com a câmera de vídeo, o jogo certamente merece a atenção dos fãs de uma boa história. Se você estava esperando algo da *Dontnod* de forma independente, o conteúdo entregue já é suficiente para conquistar os fãs antigos de *Life is Strange*.
## Pontos Positivos de Lost Records Bloom & Rage
* Narrativa densa e repleta de caminhos.
* Novas mecânicas de escolhas.
* Personagens carismáticas e marcantes.
* Gameplay com a câmera e edição de vídeo.
* Belos gráficos nos ambientes e personagens.
* Trilha sonora original cheia de personalidade.
## Pontos Negativos de Lost Records Bloom & Rage
* Eventuais quedas de *performance*.
* Problemas no carregamento de texturas.
* *Pop-up* de sombras.
O projeto *Lost Records: Bloom & Rage* é feito sob medida para um nicho específico, e caso você não faça parte dessa comunidade, talvez você não goste do jogo.