O Itaú Unibanco registrou um lucro líquido de R$ 11,9 bilhões no terceiro trimestre, excedendo as projeções do mercado com crescimento de 11,3% em relação ao ano anterior. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) também subiu, sinalizando maior rentabilidade e eficiência nas operações do banco.
A carteira de crédito alcançou R$ 1,4 trilhão, com avanço relevante em segmentos como micro, pequenas e médias empresas, além de grandes corporações. A inadimplência se manteve estável, com exceções pontuais já provisionadas pelo banco.
Os índices de capital foram mantidos em níveis seguros e o banco manteve sua estratégia de ajuste na rede de atendimento, reduzindo agências e colaboradores. O resultado comprova a resiliência do Itaú mesmo diante de desafios econômicos atuais.
O Lucro do Itaú Unibanco no terceiro trimestre alcançou R$11,9 bilhões, superando as expectativas do mercado com um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior. Este resultado reflete uma melhora na rentabilidade do banco, demonstrando a eficiência de suas operações e estratégias financeiras.
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) médio anualizado consolidado atingiu 23,3%, um aumento em relação aos 22,7% do ano anterior. No Brasil, o ROE também apresentou crescimento, passando de 23,8% para 24,2% no mesmo período. Esses números evidenciam a solidez e o bom desempenho do Itaú no cenário financeiro nacional.
Em comparação com seus concorrentes, Bradesco e Santander Brasil registraram ROEs de 14,7% e 17,5%, respectivamente, no mesmo período. A margem financeira do Itaú alcançou R$31,4 bilhões, representando um aumento de 10,1% em relação ao ano anterior. A margem com clientes expandiu 11%, totalizando R$30,5 bilhões, enquanto a margem com o mercado apresentou uma queda de 14,6%.
A margem com clientes se manteve estável (+0,5%), enquanto a margem com o mercado aumentou 5,2%. Este desempenho misto reflete a dinâmica do mercado financeiro e as estratégias de gestão de ativos e passivos do banco.
O Itaú atribuiu a estabilidade das margens com clientes aos efeitos positivos do maior número de dias úteis e do volume médio de ativos, compensados por menores margens devido aos spreads e operações estruturadas do atacado. O banco revisou para cima sua previsão de margem com o mercado em 2025, agora na faixa de R$3 bilhões a R$3,5 bilhões.
Essa revisão reflete uma dinâmica mais positiva do resultado acumulado da mesa de trading em comparação com as expectativas iniciais. O banco manteve suas demais projeções para o ano, indicando confiança na consistência de seu desempenho financeiro.
A carteira de crédito do Itaú alcançou R$1,4 trilhão, incluindo garantias financeiras e títulos privados, com um aumento de 6,4% ano a ano e 0,9% no trimestre. Houve expansão de 6,5% e 1% em crédito para pessoa física.
O portfólio para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) registrou um aumento de 7,5% na base anual e 1,1% em relação ao segundo trimestre. Já o portfólio de grandes empresas apresentou crescimentos de 9,4% e 1,5%, mostrando um desempenho positivo em diversos segmentos da economia.
O índice de inadimplência acima de 90 dias consolidado ficou em 1,9%, permanecendo estável em relação ao segundo trimestre. No entanto, o índice antecedente, entre 15 e 90 dias, apresentou um aumento de 0,3 ponto, atingindo 2%, com uma elevação de 0,9 ponto em grandes empresas no Brasil.
O Itaú esclareceu que esses aumentos estão relacionados a um cliente específico do segmento, que já estava adequadamente provisionado e classificado em estágio 3. Excluindo esse efeito específico, os indicadores de 15 a 90 dias teriam se mantido nos mesmos patamares do trimestre anterior.
O custo do crédito fechou o terceiro trimestre em R$9,1 bilhões, um acréscimo de 0,6% em relação ao trimestre anterior e 10,9% ano a ano. A despesa de perda esperada aumentou 9,5% na base anual e 1,2% no trimestre, totalizando R$9,78 bilhões.
No final do terceiro trimestre, o Itaú possuía um índice de capital nível I de 14,8% e um índice de capital principal de 13,5%, com quase R$3 trilhões em ativos totais. O banco também registrou uma nova redução no número de agências e pontos de atendimento, totalizando 2.617 unidades.
O número de colaboradores também diminuiu, para 93.554 pessoas. O Lucro do Itaú demonstra sua capacidade de adaptação e resiliência, mesmo diante de um cenário econômico desafiador.
Via Forbes Brasil