Lula dá prazo final para acordo do Mercosul com União Europeia neste fim de semana

Lula afirma que acordo Mercosul-UE só será fechado agora ou não ocorrerá em seu governo. Confira detalhes do posicionamento do Brasil.
17/12/2025 às 15:17 | Atualizado há 5 dias
               
Lula alerta que acordo Mercosul-UE precisa ser assinado até junho para avançar. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia precisa ser fechado até a cúpula do bloco sul-americano neste fim de semana. Caso contrário, ele garantiu que o pacto não será assinado enquanto estiver no governo.

Lula destacou que, embora o acordo favoreça mais a UE, o Mercosul está disposto a firmar o pacto para fortalecer o multilateralismo. O presidente também apontou que o Brasil adotará postura mais rígida em negociações futuras se não houver avanço agora.

A assinatura enfrenta resistência de países europeus como Itália e França, e debates no Parlamento Europeu sobre ajustes para proteger importações agrícolas do Mercosul continuam. A expectativa é que a presidente da Comissão Europeia confirme o acordo na cúpula em Foz do Iguaçu.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (17) que, caso um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia não seja fechado até o encontro do bloco sul-americano neste fim de semana, o pacto não será assinado enquanto ele estiver no comando do país. Lula declarou que pretende adotar uma postura mais rígida com a Europa se não houver avanço na negociação.

Durante uma reunião ministerial em Brasília, o presidente mostrou-se esperançoso de que a assinatura aconteça na cúpula em Foz do Iguaçu, mas deixou claro que a partir do momento em que não houver acordo, o Brasil assumirá um posicionamento mais firme nas futuras tratativas. Ele destacou que o acordo atual favorece mais a União Europeia, mas que o Mercosul aceita firmar o pacto para fortalecer a importância do multilateralismo frente ao crescimento do unilateralismo global.

Recentemente, Itália e França qualificaram a assinatura do acordo como prematura, dificultando as perspectivas de um desfecho rápido. Era aguardada a vinda da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao Brasil para confirmar o pacto, fruto de 25 anos de negociações envolvendo Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Além disso, o Parlamento Europeu, a Comissão e o Conselho Europeu estão discutindo ajustes para criar mecanismos de proteção em relação a importações agrícolas do Mercosul. Estes esforços seguem a aprovação de um endurecimento dos controles por parte dos eurodeputados.

Via MoneyTimes

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