Pesquisadores desenvolveram modelos para entender como o derretimento do gelo na Antártica impacta o nível do mar globalmente. O estudo mostra que o aumento do mar não será uniforme, com algumas regiões distantes da Antártica enfrentando elevações acima da média global.
Regiões próximas ao gelo podem até ver redução no nível do mar devido à menor força gravitacional. A camada de gelo da Antártica tem potencial para elevar o mar em até 58 metros, o que representa ameaça para comunidades litorâneas e ilhas.
O ritmo desse aumento depende do controle das emissões de gases do efeito estufa. O derretimento também influencia a rotação da Terra e a redistribuição da água, com impactos previstos mais severos em oceanos Índico, Pacífico e Atlântico ocidental.
Pesquisadores empregaram modelos avançados para mapear os efeitos globais do derretimento do gelo na Antártica sobre o nível do mar. O estudo demonstrou que esse processo não eleva o mar de forma uniforme; regiões distantes da Antártica poderão enfrentar aumentos acima da média global, enquanto áreas próximas à camada de gelo podem experimentar queda do nível devido à redução da força gravitacional exercida pelo gelo.
As camadas de gelo da Antártica armazenam água suficiente para elevar o nível dos oceanos em até 58 metros, tornando o derretimento um fator crítico para comunidades costeiras e insulares. O impacto dependerá diretamente do ritmo de aquecimento provocado pelas emissões de gases de efeito estufa, que influenciam a estabilidade das camadas de gelo, especialmente da Antártica Ocidental e, em menor grau, da Antártica Oriental.
Além da gravidade, o derretimento altera o eixo de rotação da Terra, redistribuindo a água em escala global. O manto terrestre sob a Antártica também responde, “repicando” e modificando a pressão sobre o gelo, o que pode retardar o degelo, desde que as emissões sejam controladas. Outro efeito paradoxo é que a água do degelo resfria partes dos oceanos, retardando o aumento das temperaturas atmosféricas, mesmo com o avanço do derretimento.
Modelagens apontam que, em um cenário moderado de emissões, a elevação média do nível do mar causada pela Antártica será de 0,1 metro até 2100 e poderá ultrapassar 1 metro até 2200. Zonas como as bacias dos oceanos Índico, Pacífico e Atlântico ocidental são previstas para sofrer os maiores aumentos, ameaçando especialmente países insulares como Jamaica e Ilhas Marshall.
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