Mar Asset projeta eleições de centro-direita para o Brasil

Gestora Mar Asset indica que o Brasil pode ver um realinhamento político em 2026, com foco em eleições de centro-direita.
28/08/2025 às 18:21 | Atualizado há 3 semanas
Eleições de centro-direita
Mar Asset mantém visão otimista do Brasil com portfólio de R$ 3 bilhões em ativos. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

A gestora multimercado Mar Asset, que administra cerca de R$ 3 bilhões, mantém uma visão otimista sobre o mercado brasileiro. Desde o final do ano passado, a expectativa é de um possível alinhamento político e econômico com as eleições de centro-direita em 2026. Essa mudança no padrão de votação nos últimos 12 anos pode abrir caminho para pautas que incentivem o crescimento econômico.

A análise da gestora revela que, entre 2002 e 2014, o Índice de Posição Política (IPP) indicou um movimento à esquerda, facilitando a governabilidade. Entretanto, a partir de 2015, o IPP do Congresso e municípios começou a se deslocar para a direita, culminando nas eleições de 2022. Essa mudança traz à tona a complexidade das eleições, especialmente com a presença de uma população evangélica crescente, que tem influenciado o resultado.

Mar Asset acredita que a vitória de um candidato de centro-direita poderia gerar uma agenda econômica reformista. Essa convergência entre Executivo e Legislativo é vista como uma oportunidade para alinhar o Brasil a modelos de sucesso observados em países desenvolvidos. O cenário é desafiador e, com o crescimento da oposição, a gestão atual terá que fazer esforços adicionais para conquistar apoio de eleitores indecisos.
A gestora multimercado Mar Asset, que administra cerca de R$ 3 bilhões, sinalizou um otimismo contínuo com o mercado brasileiro desde o final do ano anterior. A expectativa da gestora reside na possibilidade de eleições de centro-direita, que poderiam resultar em um alinhamento estrutural político-econômico inédito nas últimas três décadas. Essa perspectiva se baseia em mudanças no padrão de votação dos últimos 12 anos, que, segundo a Mar Asset, abrem caminho para pautas que impulsionem a economia.

Em uma análise detalhada, a Mar Asset utiliza o Índice de Posição Política (IPP) para avaliar a trajetória do eleitorado brasileiro entre a esquerda e a direita nos últimos 30 anos. O IPP classifica os partidos em uma escala de -2 (esquerda) a +2 (direita), alocando os votos recebidos para determinar um ponto médio. As conclusões indicam que, de 2002 a 2014, houve um deslocamento do IPP para a esquerda, facilitando a governabilidade nos governos Lula e Dilma.

No entanto, a partir de 2015, o IPP do Congresso e municípios moveu-se consistentemente para a direita, atingindo seu ápice nas eleições de 2022 e municipais de 2024. A gestora destaca que a eleição de Lula ocorreu em um contexto de um Congresso mais à direita, o que o levou a expandir os gastos públicos em busca de governabilidade. Essa dinâmica, segundo a Mar Asset, tensiona a relação entre os poderes, elevando os riscos para o ambiente político e econômico.

A Mar Asset vislumbra que um realinhamento político nas eleições de 2026, com a vitória de um candidato de centro-direita, poderia trazer um Executivo alinhado a uma agenda econômica reformista. Essa convergência entre Executivo e Legislativo teria o potencial de impulsionar o crescimento do Brasil, aproximando-o de modelos observados em países desenvolvidos. A gestora ressalta que um cenário semelhante já ocorreu durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, com reformas institucionais que geraram ganhos estruturais duradouros.

Apesar da tendência do eleitorado para a direita, a Mar Asset reconhece a complexidade das eleições presidenciais e a capacidade de Lula de vencer mesmo com um IPP deslocado para a direita. Contudo, a gestora acredita que repetir o desempenho de 2022 será desafiador para Lula, devido à persistente rejeição dos evangélicos e sinais de desgaste entre o eleitorado que garantiu sua vitória. O crescimento da população evangélica, que votou em grande parte contra o PT em 2022, impõe um teto de votos ao partido.

Ao mesmo tempo, a Mar Asset observa que o apoio a Lula no Nordeste, onde o padrão de votação pró-PT atingiu seu limite, não parece ter espaço para crescimento adicional. A gestora aponta que a crescente presença evangélica na região começa a erodir o sólido piso de votos do PT, refletindo-se nas pesquisas de popularidade. Dessa forma, a administração atual enfrenta o desafio de conquistar um apoio ainda maior entre os swing voters, onde a popularidade do presidente está atualmente mais baixa do que no início do mandato.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.