Marcele Oliveira: a jovem brasileira que representa a juventude na COP30 em Belém

A carioca Marcele Oliveira lidera a juventude na COP30, debatendo justiça climática e mobilizando jovens pela sustentabilidade.
11/11/2025 às 07:42 | Atualizado há 1 hora
               
Juventude na COP30
Marcele Oliveira, campeã climática, une jovens pelo futuro do planeta. (Imagem/Reprodução: Forbes)

Marcele Oliveira foi escolhida para representar a juventude brasileira na COP30, evento que ocorrerá em Belém. Com 26 anos, ela lidera uma equipe focada em amplificar as demandas dos jovens nas discussões climáticas, ressaltando a importância de justiça e inclusão nas decisões.

Ativista desde jovem, Marcele utiliza sua experiência em produção cultural para mobilizar e conectar redes de jovens em todo o Brasil. Ela destaca temas importantes como economia climática, investimentos em ações sustentáveis e valorização do conhecimento ancestral.

A participação de Marcele na COP30 reforça o papel dos jovens na agenda ambiental global. Ela espera que o evento promova políticas públicas relevantes e estimule uma ampla participação social, com foco na preservação ambiental e direitos das próximas gerações.
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A Juventude na COP30 ganha voz com Marcele Oliveira, a jovem campeã climática que representará e articulará os anseios da nova geração nas negociações da COP30, em Belém. Aos 26 anos, a carioca tem a missão de fortalecer e conectar redes de jovens em torno da agenda ambiental e climática, defendendo que “as decisões não foram tomadas por nós, mas somos nós que sofremos as consequências”.

Marcele Oliveira foi escolhida para representar a juventude na COP30, conferência que será realizada em Belém, no Pará. Ela assume o papel de jovem campeã climática, com o objetivo de levar a voz e as preocupações dos jovens para as discussões e decisões da conferência.

A posição de Marcele, liderando uma equipe de 12 pessoas, foi criada durante a COP28 em Dubai, com a finalidade de dar maior espaço e influência à representação juvenil nas políticas climáticas. O objetivo é garantir que as vozes dos jovens sejam ouvidas pelas presidências da COP e pela UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima).

Marcele, que é produtora cultural formada pela Universidade Federal Fluminense, enfatiza que a justiça climática é um direito fundamental, não um privilégio. Ela ressalta a importância de ampliar a representação, afirmando que “Não adianta uma Marcele. Precisamos de várias, espalhadas pelo Brasil e pelo mundo.”

A trajetória de Marcele no ativismo ambiental começou há quase dez anos, quando percebeu as desigualdades no acesso a áreas verdes em sua cidade, o Rio de Janeiro. Essa experiência a motivou a usar a produção cultural para dar visibilidade à causa e mobilizar outros jovens.

A participação de Marcele na COP30 não é sua primeira experiência em conferências climáticas. Ela acompanha a pauta desde 2019, através da Agenda Realengo 2030, e também atua como diretora executiva do Perifalab, uma rede que impulsiona lideranças periféricas. Além disso, Marcele é cofundadora da coalizão “O Clima é de Mudança” e faz parte da equipe de Jovens Negociadores pelo Clima da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro.

Para Marcele, o ativismo é uma postura necessária diante do cenário atual. Ela acredita que “No cenário em que vivemos, entendo que ou você é ativista, ou é conivente.”

Marcele espera que a COP30 seja um espaço para que histórias como a dela sejam ouvidas e valorizadas. Ela acredita que a conferência tem o potencial de se tornar um marco histórico, impulsionando a implementação de acordos climáticos e envolvendo diversos setores da sociedade.

A jovem ativista destaca que a COP30 deve promover a participação de todos, independentemente de credenciais ou acesso à zona de negociação. Ela menciona a Zona Verde, as ativações em Belém, o Acampamento da Juventude e outras mobilizações como oportunidades de engajamento.

Entre os temas que devem ganhar destaque na COP30, Marcele aponta a economia e os investimentos dos países, principalmente os mais ricos, em ações climáticas. Ela também ressalta a importância de soluções baseadas na natureza, na cultura e no conhecimento ancestral, que podem contribuir para a adaptação imediata aos impactos das mudanças climáticas.

Marcele também acredita que a conferência pode gerar políticas públicas relevantes, como o Fundo Florestas Tropicais, e cobrar dos países o cumprimento de suas Contribuições Nacionalmente Determinadas para a contenção do aquecimento global.

Para enfrentar a crise climática, Marcele defende o planejamento e a cooperação entre os países, o fortalecimento do multilateralismo e a importância de que o Brasil lidere o Sul Global na busca por soluções. Ela também enfatiza a necessidade de que os países do Norte Global disponibilizem recursos financeiros para apoiar as adaptações nos países do Sul.

Marcele ressalta que a COP30 deve priorizar as pessoas e acelerar a implementação dos acordos, abordando questões de gênero, inclusão de afrodescendentes e o protagonismo de comunidades indígenas e da juventude.

A ativista relembra que sua trajetória no ativismo climático começou aos 18 anos, quando percebeu a desigualdade no acesso a áreas verdes em sua cidade. Essa percepção a motivou a lutar pela criação do Parque Realengo Verde, transformando uma área militar em um espaço público de lazer e preservação ambiental.

Marcele se identifica com muitos jovens de sua geração, que enfrentam diversas crises, incluindo a climática, que impacta diretamente suas vidas. Ela defende que a justiça climática é um direito básico e que o engajamento de todos é fundamental para garantir um futuro sustentável.

Ao refletir sobre sua trajetória como líder e ativista climática, Marcele reconhece a importância de cada indivíduo contribuir com suas habilidades para a luta coletiva. Ela ressalta que sua capacidade de comunicação e organização a permitiu mobilizar pessoas e denunciar a negligência em relação às questões ambientais.

Marcele participou do programa Jovens Negociadores pelo Clima e se dedicou a aprender inglês para poder se comunicar e ser compreendida nas negociações internacionais. Ela acredita que o ativismo é uma postura fundamental para sua geração, que deve se mobilizar para garantir seus direitos e um futuro melhor.

Olhando para o futuro, Marcele expressa sua esperança no trabalho com a juventude e na construção de uma cultura de regeneração, reconstrução e memória. Ela pretende continuar atuando como produtora cultural e ativista climática, colhendo os frutos de seu trabalho e inspirando outros jovens a se engajarem na luta por um planeta mais justo e sustentável.

Para Marcele, é fundamental que os jovens parem de normalizar os absurdos e valorizem a memória, se indignando com a falta de áreas verdes e cobrando melhores decisões climáticas na COP30. Ela acredita que tudo o que se relaciona com o planeta é responsabilidade de todos, e que a mudança começa com atitudes simples, como separar o lixo.

A participação ativa da juventude na COP30, liderada por vozes como a de Marcele Oliveira, é crucial para garantir que as políticas climáticas reflitam as necessidades e visões das futuras gerações. A conferência, que se aproxima, representa um momento decisivo para o Brasil e para o mundo na busca por soluções para a crise climática.

Com a proximidade da COP30, as expectativas se intensificam em relação ao papel da juventude na COP30 e suas contribuições para moldar um futuro mais sustentável. A presença de Marcele Oliveira como campeã climática demonstra o compromisso com a inclusão de jovens nas discussões e decisões globais sobre o clima.

O engajamento da juventude na COP30 não se limita apenas à participação nas negociações formais, mas também se estende à mobilização e conscientização da sociedade sobre a importância da ação climática. Iniciativas como a Agenda Realengo 2030 e o Perifalab, lideradas por Marcele, demonstram o poder transformador dos jovens na construção de um futuro mais justo e sustentável.

Via Forbes Brasil
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.