Marcos Rubin destaca impacto do tarifaço de Trump na soja brasileira

Tarifaço de Trump favoreceu a soja brasileira com aumento das exportações para a China, segundo especialista.
19/12/2025 às 07:01 | Atualizado há 8 horas
               
Entrevista com Rubin destaca a parceria estratégica Brasil-China na cadeia da soja. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O tarifaço imposto pelos EUA durante o governo Trump levou a um aumento significativo nas exportações de soja do Brasil para a China. Segundo Marcos Rubin, essa mudança ocorreu porque as tarifas americanas elevaram os custos para compradores chineses, que passaram a importar mais do Brasil e também da Argentina.

Essa realocação no mercado global fez com que o Brasil atendesse praticamente toda a demanda chinesa, que é a maior consumidora mundial da commodity. Apesar do desejo da China em diversificar suas fontes, Rubin destaca que isso demandará tempo e produtos alternativos, como trigo e milho.

No curto e médio prazo, a relação comercial entre Brasil e China tende a se manter estável, criando uma dependência mútua que beneficia os dois países de forma prática e funcional.

O tarifaço de Trump beneficiou bastante a soja brasileira, segundo Marcos Rubin, fundador da Veeries, empresa de inteligência de mercado no agro. Durante o episódio 11 do Raiz do Negócio, parceria do InfoMoney com The AgriBiz, ele explicou que as exportações brasileiras para a China cresceram, ocupando o espaço que os EUA perderam devido ao aumento dos custos causados pelas tarifas.

Rubin destacou que a crise de confiança entre Estados Unidos e China impactou diretamente os volumes vendidos pelo país norte-americano. A China, maior consumidora mundial da commodity, aumentou as compras do Brasil, maior exportador global, além de impulsionar negócios com a Argentina.

Essa movimentação criou um cenário em que o Brasil praticamente enviou toda a soja disponível para atender a demanda chinesa, que cresce anualmente para alimentar o gado. O executivo ainda comentou que, apesar de haver um desejo da China em reduzir a dependência das importações, isso requer tempo e alternativas capazes de substituir o produto.

Conforme Rubin, substitutos como trigo ou milho serão necessários para esses ajustes, o que ocasiona efeitos derivados no mercado. Por enquanto, a relação entre Brasil e China tende a seguir estável no curto e médio prazos, estabelecendo uma dependência mútua entre os dois países de forma prática e funcional.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.