De acordo com documentos obtidos pelo Business Insider, a Marinha dos EUA abate drones utilizando métodos inovadores. Ao invés de armas cinéticas, como tiros ou mísseis, a Marinha empregou tecnologias não cinéticas para neutralizar os drones inimigos.
Entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, os destróieres USS Mason e USS Gravely interceptaram com sucesso vários drones pertencentes ao grupo armado Houthi, no Mar Vermelho. A Marinha afirma que essa estratégia não apenas comprovou a eficácia dessas novas armas, mas também alterou sua forma de combate naval.
Essa ação faz parte de uma operação militar mais ampla contra os Houthis, grupo do Iêmen ativo desde 1990. Desde 2023, os EUA já registraram a neutralização de cerca de 500 drones lançados pelos rebeldes no Mar Vermelho. A maioria dos ataques ocorreu nessa região e no Golfo de Aden.
Embora os destróieres sejam poderosos, a Marinha utiliza outras defesas. O ex-oficial da Marinha e analista do Instituto Hudson, Bryan Clark, explica o uso do sistema eletrônico Slick-32. Este sistema detecta transmissões de jatos e mísseis, respondendo com interferências eletrônicas para confundir os sistemas inimigos.
O SSEE (Ship Signal Exploitation Equipment) também foi empregado. Este equipamento criptografa sinais de inteligência, integrando a estratégia não cinética. Ao contrário de armas cinéticas, que causam danos físicos diretos, as armas não cinéticas geralmente utilizam meios eletrônicos para incapacitar o alvo.
O uso de tecnologias não cinéticas apresenta vantagens para a Marinha. Há uma redução nos gastos com munição e armas de destruição em massa, um fator importante para a sustentabilidade das operações militares. A eficácia comprovada dessas tecnologias sugere uma mudança significativa nas táticas de defesa naval.
Esse método de abater drones sem o uso de armas cinéticas representa um avanço nas tecnologias de defesa. A eficácia demonstrada pela Marinha dos EUA, com a neutralização de centenas de drones, destaca o potencial dessas abordagens. O desenvolvimento e implementação de armas não cinéticas podem moldar significativamente o futuro dos conflitos militares.
Via TecMundo