A gigante do setor alimentício, Mars, obteve aprovação nos Estados Unidos para a Compra da Kellanova, numa transação que movimenta US$ 36 bilhões. A aquisição ainda enfrenta resistência na União Europeia, que abriu investigação para avaliar os possíveis impactos no mercado, como o aumento de preços para o consumidor final.
As autoridades antitruste dos EUA, sob a administração de Donald Trump, sinalizaram que não impediriam negócios que não representassem ameaça à concorrência. Daniel Guarnera, diretor do Bureau de Competição da FTC, afirmou que a análise do órgão concluiu que o acordo não viola as leis americanas.
A Mars manifestou satisfação com a decisão dos EUA e espera concluir a aquisição no final de 2025. A Kellanova, por sua vez, não se pronunciou sobre o caso. A investigação da União Europeia representa um obstáculo significativo para a concretização do negócio.
A preocupação da UE reside no potencial aumento do poder de barganha da Mars com os varejistas, o que poderia levar a preços mais altos para os consumidores. Para contornar o veto europeu, a Mars pode ser forçada a vender alguns ativos, a fim de mitigar as preocupações concorrenciais.
O acordo, anunciado em agosto, busca unir marcas populares como M&M’s, Snickers, Whiskas, Pringles, Pop-Tarts e os cereais da Kellogg sob o mesmo guarda-chuva. A NielsenIQ estima que, juntas, Mars e Kellanova deteriam cerca de 12% do mercado de lanches e doces nos EUA.
A Comissão Europeia tem até 31 de outubro para tomar uma decisão final sobre a aquisição. O desfecho dessa análise será determinante para o futuro da Compra da Kellanova e para o cenário competitivo do setor alimentício global.
Via Forbes Brasil