Nascimento de medicamentos: os genéricos têm eficácia inferior aos originais?

Descubra se os medicamentos genéricos são realmente menos eficazes que os originais e o que isso significa para sua saúde.
30/03/2025 às 08:50 | Atualizado há 9 meses
               
Nascimento de medicamentos
Medicamentos têm origem distinta; saiba diferenciar genéricos de similares. (Imagem/Reprodução: Super)

O processo de nascimento de medicamentos é complexo e rigoroso, envolvendo extensas pesquisas e testes para garantir eficácia e segurança. Entender as etapas desde a descoberta de um composto até a disponibilização nas farmácias ajuda a diferenciar os medicamentos inovadores, genéricos e similares, evitando confusões e auxiliando na escolha informada.

A jornada de um novo medicamento começa com a identificação de um alvo terapêutico específico dentro do corpo humano, frequentemente relacionado a uma doença ou condição. Após essa identificação, os cientistas iniciam a busca por moléculas que possam interagir com esse alvo, seja bloqueando uma ação indesejada ou estimulando uma função benéfica. Milhares de compostos são testados em laboratório, em processos que podem levar anos até que um candidato promissor seja encontrado.

A fase pré-clínica é crucial no nascimento de medicamentos. Nela, o composto selecionado passa por testes in vitro e in vivo para avaliar sua segurança e eficácia. Estudos em animais são realizados para entender como o corpo processa a substância, seus possíveis efeitos colaterais e a dose ideal para uso em humanos. Se os resultados forem promissores, o medicamento avança para os ensaios clínicos.

Os ensaios clínicos são divididos em três fases, cada uma com objetivos específicos. A Fase 1 foca na segurança, testando o medicamento em um pequeno grupo de voluntários saudáveis para identificar possíveis efeitos colaterais e determinar a dose segura. A Fase 2 avalia a eficácia do medicamento em um grupo maior de pacientes que sofrem da doença para a qual o tratamento foi desenvolvido. A Fase 3, a mais longa e dispendiosa, envolve um número ainda maior de pacientes em diferentes centros de pesquisa, comparando o novo medicamento com os tratamentos existentes ou com um placebo.

Após a conclusão bem-sucedida dos ensaios clínicos, a empresa farmacêutica submete um pedido de registro à agência reguladora do país, como a ANVISA no Brasil. O processo de aprovação envolve uma análise rigorosa de todos os dados coletados durante o desenvolvimento do medicamento, incluindo os resultados dos testes pré-clínicos e clínicos, a formulação do produto e o processo de fabricação. Se aprovado, o medicamento pode ser comercializado.

É importante distinguir entre medicamentos de referência, genéricos e similares. O medicamento de referência é aquele que foi originalmente desenvolvido e patenteado. Após a expiração da patente, outras empresas podem produzir cópias do medicamento, chamadas de genéricos, que devem conter o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, e ser bioequivalentes ao medicamento de referência. Já os medicamentos similares são cópias que podem ter algumas diferenças em relação ao medicamento de referência, como tamanho, forma ou excipientes, mas que devem apresentar a mesma eficácia e segurança.

O nascimento de medicamentos é um processo demorado e custoso, mas essencial para a saúde e o bem-estar da população. A pesquisa e o desenvolvimento de novos medicamentos são fundamentais para combater doenças e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Via Super Abril

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