Austan Goolsbee, presidente do Federal Reserve de Chicago, demonstrou desconforto com a possibilidade de corte de juros frente à ausência de dados atualizados sobre a inflação. A interrupção parcial do governo dos EUA tem atrasado a divulgação de indicadores econômicos essenciais, deixando incertezas, especialmente no setor de serviços.
Ele defende uma postura cautelosa na política monetária e ressalta que a falta de dados ocorre em um momento crítico, com sinais de alta na inflação de serviços, o que complica a avaliação da situação econômica. Goolsbee ressalta que, em tempos de incerteza, é prudente aguardar mais informações antes de tomar decisões.
Apesar de reconhecer um leve risco para o mercado de trabalho, ele descarta uma recessão iminente, pois os sinais típicos, como baixa contratação e aumento de demissões, ainda não aparecem. O foco permanece na análise cuidadosa dos dados para orientar possíveis ajustes futuros na taxa de juros.
Austan Goolsbee, presidente do Federal Reserve de Chicago, expressou preocupação com a possibilidade de um corte de juros sem dados de inflação atualizados. A paralisação parcial do governo americano, que interrompeu a divulgação de indicadores econômicos, é a razão para essa incerteza. Segundo Goolsbee, a falta de informações sobre a inflação, especialmente no setor de serviços, é um fator de desconforto.
O presidente do Fed de Chicago defendeu uma abordagem cautelosa na política monetária, especialmente em tempos de incerteza econômica. A indisponibilidade de dados ocorre em um momento crucial, com a inflação de serviços apresentando sinais de alta, o que torna a análise mais complexa. Goolsbee enfatizou que, em situações de incerteza, é prudente desacelerar e avaliar cuidadosamente os próximos passos.
Apesar da maioria dos indicadores apontarem para a estabilidade do mercado de trabalho, com uma taxa de desemprego praticamente inalterada, Goolsbee reconheceu a existência de um pequeno risco negativo para o emprego. Contudo, ele descartou a possibilidade de uma recessão iminente, argumentando que os inícios de recessões são caracterizados por baixa contratação e demissão, um cenário diferente do atual.
Em entrevista à CNBC, Goolsbee revelou que, diante da ausência de dados recentes, ele se mostra hesitante em iniciar um ciclo de corte de juros. Ele fez questão de enfatizar que não adota uma postura hawkish em relação aos juros no médio prazo, sinalizando uma possível flexibilização no futuro, desde que haja dados concretos que justifiquem tal decisão.
Goolsbee acredita que o ponto de equilíbrio das taxas de juros ficará abaixo do nível atual, mas ressalta que o Fed não pode presumir que a inflação será apenas transitória. Para ele, o cenário atual exige cautela e vigilância, com foco na análise de dados que permitam uma tomada de decisão mais assertiva e alinhada com os objetivos de longo prazo do Federal Reserve.
Via InfoMoney