O aumento do uso de medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro está mudando o perfil dos frequentadores de academia no Brasil. Equipamentos de musculação ganham mais espaço em detrimento das máquinas de cardio, já que esses remédios auxiliam na perda de gordura, mas exigem exercícios com pesos para preservar a massa muscular.
Embora inicialmente se esperasse uma queda na frequência nas academias devido aos medicamentos, a experiência internacional mostra o contrário. O emagrecimento estimula a ida às academias para fortalecimento, especialmente com acompanhamento médico e nutricional.
No Brasil, a expectativa é de crescimento significativo desse mercado após 2026, com a chegada de versões genéricas do Ozempic. O movimento deve impactar setores como drogarias, varejo de saúde e estimular o interesse por hábitos mais saudáveis e musculação.
Nos últimos anos, o perfil das academias tem se alterado: as máquinas voltadas para cardio dão lugar aos equipamentos de musculação. Esse movimento está relacionado ao efeito do Ozempic e outros medicamentos GLP-1, como Wegovy e Mounjaro, que auxiliam na perda de gordura, mas exigem exercícios com pesos para preservar a massa muscular, segundo Diogo Corona, COO da Smartfit.
Enquanto metade dos frequentadores buscava emagrecimento e a outra metade ganho muscular, hoje mais de 75% têm foco em desenvolver músculos. A percepção inicial era que o uso dessas drogas reduziria a frequência nas academias, mas a experiência internacional mostra o contrário: o emagrecimento impulsiona a ida às academias para fortalecimento.
Nos EUA e Reino Unido, academias já oferecem planos integrados com acompanhamento médico e nutricional para facilitar o acesso aos GLP-1. No Brasil, a Smartfit instala balanças de bioimpedância para monitorar resultados. A expectativa é que o mercado brasileiro cresça significativamente após 2026, com a expiração da patente do Ozempic, facilitando a chegada de versões genéricas e mais acessíveis.
O BTG Pactual prevê que as vendas desses medicamentos no Brasil subam de R$ 7 bilhões em 2024 para R$ 10 bilhões em 2026. Esse crescimento impacta também outros setores, como drogarias e varejo de saúde. Análises indicam que o interesse por produtos mais saudáveis e a musculação tende a aumentar, ainda que os efeitos a longo prazo nos hábitos de consumo ainda estejam sob avaliação.
Via Brazil Journal