O Mercosul decidiu acelerar as negociações de 11 novos acordos comerciais após o adiamento do acordo com a União Europeia, marcado para janeiro. O governo brasileiro atribui o atraso principalmente à UE, que busca maior proteção ao agronegócio.
Entre os acordos em andamento estão parcerias com Emirados Árabes, Reino Unido, Japão e Canadá. O bloco também pretende revisar tratados vigentes e avançar em diálogos com países como Índia, Coreia do Sul e China.
Essa estratégia visa fortalecer as relações comerciais do Mercosul enquanto a finalização do pacto com a UE está pendente, valorizando a diversidade de parcerias para o desenvolvimento econômico dos países envolvidos.
O recente adiamento do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE) levou membros do governo brasileiro a sugerirem focar na aceleração das demais negociações comerciais em andamento. Após quase 25 anos de conversas, a assinatura do pacto ficou para janeiro, devido à pressão de países europeus como Itália e França, que querem maior proteção ao agronegócio.
Essa postergação causou desconforto no Itamaraty, que atribui a responsabilidade à União Europeia, destacando que o Brasil já cumpriu sua parte nas negociações. O governo brasileiro agora prioriza acordos com outros países interessados, deixando a UE para o final da lista.
À frente das negociações do bloco sul-americano, o Mercosul mantém diálogos em fases distintas com pelo menos 11 países, inclusive com Emirados Árabes Unidos, cujo acordo está próximo da conclusão, e onde a coordenadoria está sob o Paraguai. Outros acordos recentes foram firmados com Panamá e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
Além de rever tratados vigentes com Índia, Egito, Colômbia e Equador, o bloco pretende avançar com negociações com Reino Unido, Japão, Malásia, Vietnã e Canadá, entre outros. O Uruguai lidera tentativas para atualizar negociações com Coreia do Sul e propõe uma abordagem diferenciada para o diálogo com a China, enquanto Brasil e Paraguai defendem manter o processo em bloco.
Segundo Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, o acordo Mercosul-UE terá análise final em janeiro, reforçando a importância econômica e diplomática do pacto para ambas as regiões.
Via Money Times