Meta apresenta decodificação de sinais do cérebro para compreender pensamentos humanos

Decodificação de sinais do cérebro: Meta avança na leitura de pensamentos! Entenda como a IA reconstrói palavras e imagens. Saiba mais!
05/03/2025 às 15:34 | Atualizado há 5 meses
Decodificação de sinais do cérebro
Algoritmo decifra pensamentos a partir de sinais de magnetoencefalografia. (Imagem/Reprodução: Super)

A Meta, liderada por Mark Zuckerberg, alcançou um marco notável ao decodificar sinais cerebrais com uma precisão de 80%. Este avanço possibilita a reconstrução de pensamentos em palavras e imagens, abrindo novas perspectivas para a neurociência e a comunicação. A pesquisa, realizada em colaboração com o Centro Basque de Cognição, Cérebro e Linguagem, destaca-se por utilizar métodos não invasivos, prometendo revolucionar a forma como entendemos e interagimos com o cérebro humano.

Um dos principais desafios na decodificação de sinais do cérebro sempre foi a necessidade de técnicas invasivas para obter leituras precisas. Métodos anteriores, como eletroencefalografia estereotáxica e eletrocorticografia, exigiam intervenções neurocirúrgicas, o que limitava seu uso em larga escala. As técnicas não invasivas, por outro lado, frequentemente produziam resultados insatisfatórios devido à captação excessiva de ruído.

A Meta superou essas limitações utilizando duas técnicas não invasivas: magnetoencefalografia (MEG) e eletroencefalografia (EEG). O estudo envolveu 35 participantes saudáveis que digitavam frases em um teclado enquanto suas ondas cerebrais eram monitoradas. Os dados coletados foram então utilizados para treinar um modelo de inteligência artificial, capaz de reconstruir os pensamentos dos voluntários com base nos sinais cerebrais.

Os resultados obtidos com a MEG foram particularmente promissores. A IA conseguiu decodificar corretamente 80% das frases que os participantes pensaram ou digitaram. Embora a precisão com a EEG tenha sido menor, o sucesso geral da pesquisa demonstra o potencial das técnicas não invasivas para a decodificação de sinais do cérebro.

Além da decodificação de sinais do cérebro em palavras, os cientistas da Meta também investigaram como os sinais neurais são transformados em linguagem. Utilizando a técnica MEG, os pesquisadores capturaram mil instantâneos do cérebro por segundo, revelando que o cérebro gera uma sequência de representações que começa no nível mais abstrato – o significado de uma frase – e se transforma em ações concretas, como o movimento dos dedos no teclado.

O estudo revelou que o cérebro utiliza um “código neural dinâmico” para realizar múltiplas tarefas simultaneamente, como pensar e digitar. Esse código encadeia representações sucessivas e as mantém ativas por um determinado período de tempo, permitindo que o cérebro processe informações complexas de forma eficiente.

A Meta vislumbra um futuro em que a decodificação de sinais do cérebro possa ser utilizada para ajudar pessoas que perderam a capacidade de falar. Através de interfaces cérebro-computador não invasivas, seria possível restaurar a comunicação e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.

Apesar dos avanços alcançados, a Meta reconhece que ainda existem desafios a serem superados antes que essa abordagem possa ser utilizada em ambientes clínicos. A precisão da decodificação de sinais do cérebro ainda precisa ser aprimorada, e a MEG requer que os participantes permaneçam imóveis em uma sala blindada magneticamente, o que limita sua praticidade.

Estudos futuros serão necessários para explorar como essa tecnologia pode beneficiar pessoas com lesões cerebrais. A Meta está comprometida em continuar investindo em pesquisa e desenvolvimento para superar esses desafios e tornar a decodificação de sinais do cérebro uma realidade para todos.

O estudo da Meta representa um passo significativo na busca por interfaces cérebro-computador não invasivas. Ao decodificar pensamentos com precisão notável, a empresa abre caminho para novas formas de comunicação e tratamento de distúrbios neurológicos. À medida que a tecnologia avança, podemos esperar ver aplicações cada vez mais sofisticadas da decodificação de sinais do cérebro, transformando a maneira como interagimos com o mundo e uns com os outros.

Via Super Abril

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.