O Salão do Automóvel de Munique deste ano foi marcado pela crescente presença das montadoras elétricas chinesas. Com marcas como Xpeng, GAC e Leapmotor, esse evento trouxe um novo cenário no tradicional mercado dominado por gigantes europeias. As revelações sobre planos ambiciosos dessas empresas mostram que estão prontas para competir de igual para igual com as tradicionais.
Mesmo com as tarifas impostas pela União Europeia, a confiança dos executivos chineses é notável. O CEO da Xpeng, He Xiaopeng, afirmou que a empresa apresentará na Europa modelos com preços competitivos, como a linha Mona. Com um valor a partir de R$ 91 mil, a expectativa é de que isso intensifique a concorrência com as montadoras europeias, que tentam manter sua fatia de mercado.
A afirmação da presença das montadoras chinesas no mercado europeu é evidente, já que sua participação quase dobrou em um ano. Ao mesmo tempo, as montadoras européias têm se esforçado para manter relevância tecnológica, mas enfrentam desafios para se adaptar rapidamente às inovações chinesas. O futuro do setor automotivo promete uma disputa acirrada e intensa.
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O Salão do Automóvel de Munique (IAA Mobility) deste ano teve um brilho diferente, cortesia das Montadoras elétricas da China. Em território tradicional de gigantes como Volkswagen, BMW, Mercedes e Renault, marcas como Xpeng, GAC e Leapmotor não só exibiram seus modelos elétricos, mas também solidificaram planos de expansão ambiciosos para o mercado europeu, conforme entrevistas concedidas à CNBC.
Apesar das tarifas impostas pela União Europeia, os executivos chineses demonstram confiança e estabeleceram metas agressivas. O CEO da Xpeng, He Xiaopeng, destacou à CNBC que o crescimento global da empresa está superando as expectativas. A montadora planeja introduzir na Europa, já no próximo ano, a linha Mona, com um preço inicial abaixo de US$ 17 mil (aproximadamente R$ 91 mil na cotação atual), o que promete acirrar a competição com as rivais europeias.
O Guangzhou Automobile Group (GAC) também almeja um avanço rápido. Wei Haigang, presidente da GAC International, revelou à CNBC a projeção da empresa de vender cerca de 3 mil unidades na Europa ainda este ano, com o objetivo de alcançar 50 mil unidades até 2027, impulsionado pela chegada dos modelos Aion V e Aion UT.
A presença das montadoras chinesas não passou despercebida: a participação de mercado dos veículos chineses quase dobrou no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. Apesar do crescimento, essa fatia ainda representa cerca de 5% do mercado, de acordo com dados da Jato Dynamics.
Murtuza Ali, analista da Counterpoint Research, compartilhou sua análise com a CNBC, observando que a presença marcante das fabricantes chinesas de veículos elétricos na IAA Mobility sinaliza suas crescentes ambições e a confiança que depositam no mercado europeu.
Enquanto isso, as montadoras europeias buscaram reforçar seu discurso tecnológico. A BMW apresentou o novo iX3, com tecnologia lançada há dois anos, enfatizando sua própria “arquitetura supercérebro” e anunciando um software de direção assistida desenvolvido em conjunto com a Qualcomm.
Volkswagen e Renault também apresentaram novidades elétricas. No entanto, analistas alertam que a velocidade de reação das empresas europeias ainda está aquém do ritmo das montadoras chinesas, o que pode representar um desafio no futuro próximo.
As Montadoras elétricas da China continuam a expandir sua presença global, desafiando as marcas tradicionais e trazendo novas opções para os consumidores. Resta acompanhar de perto como essa competição se desenvolverá nos próximos anos e quais serão os próximos movimentos das gigantes do setor automotivo.
Via InfoMoney
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