Moody’s rebaixa classificação de crédito dos EUA devido ao aumento da dívida pública

Agência Moody's rebaixa classificação de crédito dos EUA por aumento da dívida pública. Entenda os impactos dessa decisão.
16/05/2025 às 19:38 | Atualizado há 2 semanas
Rebaixamento nota EUA
Moody's mantém nota AAA para dívida dos EUA, única entre as três maiores agências. (Imagem/Reprodução: Exame)

A Moody’s, uma das principais agências de classificação de risco, rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de AAA para AA1. O rebaixamento nota EUA reflete preocupações com o crescimento da dívida pública e dos custos com juros em relação ao PIB. A decisão foi anunciada após anos de aumento progressivo desses indicadores.

Segundo a agência, a dívida do governo e os pagamentos de juros atingiram níveis significativamente mais altos do que os de outros países com classificação semelhante. O déficit fiscal acumulado no ano chegou a US$ 1,05 trilhão, um aumento de 13% em comparação com o período anterior. Medidas como tarifas comerciais ajudaram a reduzir parte do desequilíbrio, mas não foram suficientes para evitar o rebaixamento.

A Moody’s destacou que sucessivos governos e o Congresso americano não conseguiram chegar a um acordo para reduzir os déficits anuais. A agência também expressou ceticismo em relação às propostas fiscais atualmente em análise, afirmando que elas não trarão cortes significativos nos gastos obrigatórios.

Esse não é o primeiro rebaixamento da dívida soberana dos EUA. Em 2011, a Standard & Poor’s reduziu a nota de AAA para AA+, e a Fitch Ratings fez o mesmo em 2023. A decisão da Moody’s ocorreu logo após a rejeição de um pacote orçamentário proposto pelo Partido Republicano, que incluía a extensão de cortes de impostos aprovados em 2017.

O impacto do rebaixamento nota EUA já pode ser sentido nos mercados. Os rendimentos dos títulos do Tesouro subiram, enquanto o dólar enfraqueceu em relação a outras moedas globais. Isso sugere que alguns investidores podem estar reconsiderando os EUA como um destino seguro para seus recursos.

A Moody’s atribuiu pela primeira vez uma classificação oficial aos títulos americanos em 1993, mas já considerava o país no nível máximo desde 1949. A mudança recente reforça os desafios fiscais que os EUA enfrentam, com poucos sinais de solução no curto prazo.

Via Exame

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