Moraes autoriza viagem de Mauro Cid a São Paulo para competição da filha

Viagem de Mauro Cid a SP autorizada pelo STF para evento da filha. Saiba mais sobre as condições e o monitoramento da justiça.
31/03/2025 às 19:29 | Atualizado há 2 meses
Viagem de Mauro Cid
Tenente-coronel preso em 2023 assume culpa e faz delação premiada à PF. (Imagem/Reprodução: Folhavitoria)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização para que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, realize uma viagem de Mauro Cid para São Paulo. A permissão abrange o período de 1º a 7 de abril, destinada a permitir que Cid acompanhe sua filha em uma competição esportiva.

A decisão de Moraes veio após Cid, que é réu por tentativa de golpe de Estado conforme decisão da Primeira Turma do STF, solicitar autorização para a viagem de Mauro Cid. O objetivo da viagem de Mauro Cid é acompanhar a premiação da filha na categoria “Jovem Cavaleiro”, organizada pela Confederação Brasileira de Hipismo, e participar de uma competição no Jockey Club de São Paulo.

Moraes ressaltou que a autorização para a viagem de Mauro Cid não o exime de cumprir as demais medidas cautelares previamente impostas. Entre elas, a proibição de manter contato com outros investigados e de utilizar redes sociais.

Adicionalmente, o ministro determinou que a Administração Penitenciária do Distrito Federal apresente ao STF, em até 48 horas após o retorno de Cid, um relatório detalhado do monitoramento realizado por meio de tornozeleira eletrônica durante a viagem de Mauro Cid.

É importante lembrar que Mauro Cid foi preso em maio de 2023, sob a acusação de envolvimento em um esquema de fraude para inserir dados falsos de vacinação contra a covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. Posteriormente, ele foi liberado após firmar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

As investigações apontam que Cid teve participação na elaboração da minuta golpista e no planejamento de ações violentas ao lado de militares das Forças Especiais. Além disso, ele teria participado de reuniões em que foram discutidos possíveis atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

O advogado de Cid, Mauro Cezar Bitencourt, defende que seu cliente atuou com “dignidade” e “grandeza”, sendo apenas o delator no processo e não tendo um papel central nos crimes investigados.

A autorização para a viagem de Mauro Cid, portanto, está condicionada ao cumprimento rigoroso das medidas cautelares já estabelecidas e ao monitoramento constante por parte das autoridades competentes.

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.