Morgan Stanley e Deutsche Bank revisaram suas previsões e esperam que o Federal Reserve (Fed) implemente cortes de juros em suas reuniões restantes deste ano. A expectativa surge após a divulgação de dados que mostram uma inflação mais branda, permitindo uma política monetária mais flexível.
As previsões dessas instituições financeiras mudaram de um único corte para três, com reduções de 25 pontos-base previstas para setembro, outubro e dezembro. Essa mudança apresenta uma resposta proativa ao arrefecimento econômico que vem sendo observado nos últimos meses, indicando um cenário de adaptação.
Analistas acreditam que o Fed pode iniciar um novo ciclo de flexibilização nas próximas semanas. Estima-se que a próxima reunião possa marcar o primeiro corte desde 2024, refletindo a necessidade de ações assertivas para lidar com o desempenho do mercado de trabalho e a inflação.
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Após a divulgação de dados que indicam uma pressão inflacionária mais branda, o Morgan Stanley e o Deutsche Bank revisaram suas projeções e agora preveem que o Federal Reserve (Fed) implementará cortes de juros nos EUA em suas três últimas reuniões do ano. Essa mudança de expectativa reflete um cenário econômico onde a moderação da inflação abre espaço para uma política monetária mais flexível.
Anteriormente, as duas instituições financeiras haviam previsto um único corte de 25 pontos-base em setembro e outro em dezembro. No entanto, em notas separadas divulgadas nesta sexta-feira, ambas as corretoras indicaram que agora esperam reduções de 25 pontos-base nas reuniões de setembro, outubro e dezembro. Essa postura mais agressiva sinaliza uma resposta proativa aos sinais de arrefecimento econômico.
A expectativa é que o Fed inicie um novo ciclo de flexibilização na próxima reunião de política monetária. A reunião da próxima semana pode marcar o primeiro corte desde a redução de 25 pontos-base em dezembro de 2024, um movimento impulsionado pela recente desaceleração observada no mercado de trabalho.
Em junho, o presidente do Fed, Jerome Powell, já havia sinalizado a possibilidade de um corte nas taxas durante a reunião de política monetária de 16 e 17 de setembro. Powell mencionou os crescentes riscos no mercado de trabalho, mas também alertou que a inflação ainda representava uma ameaça. As novas projeções do Morgan Stanley e Deutsche Bank indicam uma maior confiança na capacidade do Fed de equilibrar esses desafios.
O Morgan Stanley argumenta que as condições de mercado atuais oferecem ao Fed a flexibilidade necessária para avançar mais rapidamente em direção a uma postura de política monetária neutra. Essa avaliação sugere que o banco central pode ajustar as taxas de juros de forma mais dinâmica, aproveitando as oportunidades que surgem no cenário econômico.
Segundo a corretora de Wall Street, o Fed deverá implementar quatro cortes consecutivos de 25 pontos-base, começando na próxima semana e se estendendo até janeiro. Além disso, a instituição projeta mais dois cortes nas taxas em abril e julho de 2026. Essas projeções de longo prazo indicam uma visão de que a política monetária flexível será necessária para sustentar o crescimento econômico nos próximos anos.
Matthew Luzzetti, economista-chefe dos EUA no Deutsche Bank, comentou que, embora não haja atualmente cortes adicionais nas taxas previstos para o próximo ano, os riscos estão inclinados para mais reduções em 2026. Luzzetti explicou que as previsões de inflação e mercado de trabalho do banco são inconsistentes com taxas abaixo do neutro, sugerindo que a política monetária pode precisar ser ainda mais acomodatícia no futuro.
Atualmente, os operadores estimam em 95% a probabilidade de um corte de 25 pontos-base na taxa na próxima semana, de acordo com a ferramenta CME FedWatch. Além disso, há uma pequena chance de 5% de um corte maior, de 50 pontos-base. Essas estimativas refletem a expectativa generalizada de que o Fed adotará uma postura mais agressiva para estimular a economia.
Após um desempenho fraco do mercado de trabalho em agosto, o Standard Chartered se destacou como a única corretora a prever um corte de 50 pontos-base na taxa de juros pelo Fed ainda este mês, destoando do consenso geral. Essa previsão mais ousada ressalta a incerteza em torno das perspectivas econômicas e a possibilidade de que o Fed possa surpreender com medidas mais drásticas.
A análise das expectativas de cortes de juros nos EUA pelo Federal Reserve (Fed) demonstra uma adaptação contínua às nuances da economia. A cautela embutida nas projeções, conforme expresso por economistas como Matthew Luzzetti, sugere uma estratégia prudente na abordagem da política monetária, onde a flexibilidade e a análise de dados em tempo real são priorizadas para garantir a estabilidade e o crescimento econômico sustentável.
Via InfoMoney
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