O mosquito Aedes aegypti localiza suas vítimas ao detectar o gás CO2 exalado pelos humanos, com eficiência que varia conforme o período do dia.
Esse comportamento está ligado ao relógio biológico do mosquito, que regula a liberação de um neuropeptídeo no amanhecer e anoitecer, momentos de maior atividade.
O estudo ajuda a entender melhor o inseto e pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias para controle da dengue, com base no seu ritmo biológico.
O Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, é capaz de detectar o gás CO2 exalado pelos seres humanos para localizar suas vítimas. Essa percepção ocorre a mais de 10 metros de distância, mas sua eficiência varia conforme o horário do dia, revelam pesquisadores da Universidade Columbia, em Nova York.
O estudo destaca que esse comportamento está relacionado ao relógio biológico do mosquito. Durante o amanhecer e o anoitecer, períodos em que o inseto é mais ativo, o cérebro dele libera um neuropeptídeo chamado fator de dispersão de pigmento. A presença dessa substância é regulada pela proteína period, componente fundamental do seu ritmo biológico interno.
Para entender essa dinâmica, os cientistas criaram mosquitos geneticamente modificados que não produziam esse neuropeptídeo. Mesmo sendo expostos a estímulos como sangue aquecido e o CO2 na atmosfera, esses mosquitos mostraram menos interesse, indicando que a substância é essencial para a resposta ao cheiro do gás carbônico.
Esses achados ajudam a compreender melhor o comportamento do mosquito da dengue e podem abrir caminhos para novas estratégias de controle, baseadas no ritmo biológico da transmissão da doença.
Via Super