A Motiva, antiga CCR, anunciou a venda de 20 aeroportos para a Aeropuerto de Cancún, subsidiária do grupo mexicano ASUR. O negócio totaliza R$ 11,5 bilhões e envolve tanto a compra das ações quanto a quitação de dívidas relacionadas aos aeroportos.
A transação ainda depende de aprovação de autoridades no Brasil e no exterior e deve se concluir em 2026. Enquanto isso, a Motiva seguirá operando os aeroportos e investindo conforme planejado, focando sua atuação futura em rodovias e ferrovias no Brasil.
Com a aquisição, a ASUR passa a controlar uma das maiores redes aeroportuárias da América Latina, incluindo 17 aeroportos no Brasil, que movimentam cerca de 45 milhões de passageiros por ano. O negócio fortalece a posição da empresa mexicana no setor e impacta a estrutura financeira da Motiva.
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A venda de aeroportos da Motiva, anteriormente conhecida como CCR, para a Aeropuerto de Cancún, S.A. de C.V., subsidiária do Grupo Aeroportuario del Sureste (ASUR), marca uma transação significativa no setor. A ASUR já opera nove aeroportos no México e sete na América Latina, expandindo ainda mais sua atuação com esta aquisição.
O negócio, totalizando R$ 11,5 bilhões, compreende R$ 5 bilhões em equity, referentes às participações acionárias da Motiva nos ativos aeroportuários, e R$ 6,5 bilhões em dívidas líquidas. Essa alienação abrange 100% das ações detidas pela Motiva na CPC Holding, que consolida as cotas da companhia nos seus 20 aeroportos.
A conclusão da venda de aeroportos da Motiva está condicionada à aprovação de autoridades governamentais no Brasil e no exterior. A decisão da Motiva de vender esses ativos está alinhada com a estratégia do grupo de concentrar suas operações nos segmentos de rodovias e trilhos no Brasil.
A expectativa é que a transação seja finalizada em 2026. Até lá, a Motiva continuará a gerir as operações aeroportuárias, mantendo sua equipe de colaboradores e assegurando o cumprimento integral dos contratos e investimentos planejados.
Após a conclusão da venda de aeroportos da Motiva, a alavancagem consolidada da empresa, considerando suas controladas, deverá diminuir de 3,5 vezes para menos de 3 vezes. Essa mudança fortalece a estrutura de capital e melhora o perfil de risco do portfólio da Motiva.
Com a concretização da venda de aeroportos da Motiva para a ASUR, a empresa mexicana assume o controle de 20 operações aeroportuárias na América Latina. Desse total, 17 estão localizadas no Brasil e três em outros países da região, movimentando cerca de 45 milhões de passageiros anualmente, com mais de 200 rotas regulares.
A venda de aeroportos da Motiva coloca a ASUR em uma posição de destaque no cenário aeroportuário brasileiro, assumindo a terceira maior operação do país. Entre os ativos estratégicos incluídos na transação estão os aeroportos de Curitiba, Belo Horizonte e Goiânia.
Nos 12 meses encerrados no terceiro trimestre de 2025, a receita líquida do negócio de aeroportos da Motiva atingiu R$ 2,96 bilhões, com um Ebitda de R$ 1,52 bilhão e margem de 51%. Além disso, foram movimentadas 524 mil toneladas de carga.
A venda de aeroportos da Motiva representa uma mudança estratégica importante para a empresa, permitindo que ela foque em seus principais negócios de rodovias e trilhos. A ASUR, por sua vez, expande significativamente sua presença no mercado aeroportuário da América Latina, consolidando sua posição como uma das principais operadoras do setor.
Via InvestNews
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