Motiva vende 20 aeroportos para grupo mexicano Asur por R$ 11,5 bilhões

Motiva anuncia venda de 20 aeroportos para Asur por R$ 11,5 bilhões, incluindo terminais no Brasil e América Latina.
19/11/2025 às 11:02 | Atualizado há 1 mês
               
Venda de aeroportos para a Asur
Transação abrange 20 aeroportos no Brasil e América Latina, reforçando rodovias e trilhos. (Imagem/Reprodução: Forbes)

A Motiva, antiga CCR, vendeu 20 aeroportos para o grupo mexicano Asur em uma transação de R$ 11,5 bilhões. O acordo inclui 17 aeroportos no Brasil e 3 em outros países da América Latina, como o Equador.

A transação envolve 100% das ações da CPC, holding que detém os aeroportos da Motiva. A operação aguarda aprovação da Anac e órgãos reguladores internacionais para ser concluída.

Com essa venda, a Motiva pretende focar em rodovias e trilhos, conseguindo maior flexibilidade para expansão. O segmento aeroportuário teve crescimento recente no faturamento e tráfego de passageiros, refletindo sua relevância no mercado.
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A venda de aeroportos para a Asur, um grupo mexicano, pela Motiva (ex-CCR), movimentou o mercado com uma transação de R$ 11,5 bilhões. O anúncio foi feito na última terça-feira (18), e os papéis da companhia registraram uma leve queda de 0,29% logo após a abertura do pregão na quarta-feira (19).

Essa negociação engloba um total de 20 aeroportos, dos quais 17 estão localizados no Brasil, incluindo importantes terminais como os de Belo Horizonte, Curitiba e Goiânia. Além dos aeroportos brasileiros, o acordo também inclui três aeroportos em outros países da América Latina, como o aeroporto de Quito, no Equador.

A Motiva comunicou que a venda compreende 100% das ações da companhia na CPC (Companhia de Participações em Concessões). A CPC atua como uma holding que concentra todas as participações da ex-CCR em seus ativos aeroportuários, tanto no Brasil quanto no exterior.

A conclusão da negociação ainda depende da aprovação de órgãos regulatórios brasileiros, como a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), além de órgãos reguladores estrangeiros e entidades de concorrência internacionais. A expectativa é que, após a aprovação, a Asur assuma a gestão desses aeroportos.

A decisão da Motiva de realizar a venda de aeroportos para a Asur está alinhada com o planejamento estratégico da empresa, visando simplificar seu portfólio e obter maior flexibilidade para investir e expandir nos segmentos de rodovias e trilhos no Brasil. A empresa busca concentrar seus esforços e recursos em áreas consideradas mais estratégicas para o seu crescimento.

Os dados do terceiro trimestre de 2025 (3T25) da Motiva revelaram que o Ebitda ajustado dos aeroportos atingiu R$ 314,23 milhões, um aumento de 14,6% em relação ao mesmo período de 2024. A margem Ebitda ajustada do segmento alcançou 52,5%, representando um crescimento de 2,4 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre do ano anterior.

O tráfego de passageiros consolidado apresentou um aumento de 5,8%, totalizando 11 milhões de embarques no trimestre. Entre os destaques, Curaçao registrou um crescimento de 25,2% na demanda total, enquanto o BH Airport, em Minas Gerais, teve um aumento de 3,5% no tráfego doméstico. A receita líquida do segmento, excluindo o efeito da construção, avançou 9,4%.

Considerando todos os seus negócios, a Motiva alcançou uma receita líquida de R$ 2,547 bilhões no 3T25, um aumento de 16,3% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado atingiu o maior valor da história da companhia, enquanto o lucro líquido ajustado cresceu 22%, totalizando R$ 683 milhões. A margem Ebitda ajustada expandiu 6,5 pontos percentuais no período.

Com a venda de aeroportos para a Asur, a Motiva busca otimizar sua atuação e focar em seus principais segmentos de negócios. A transação representa uma mudança estratégica para a empresa, que visa fortalecer sua posição no mercado de infraestrutura brasileiro.

Via Forbes Brasil

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.