A partir de 2025, a prioridade nos investimentos globais mudará de debates sobre ESG para foco em defesa, segurança e resiliência. Essa transição reflete a necessidade de proteger ativos e cadeias produtivas frente a desafios climáticos e geopolíticos.
O relatório do Citi Research destaca que essa nova agenda inclui segurança energética, minerais críticos e economia digital, com ênfase em cibersegurança e infraestrutura resiliente. Eventos climáticos extremos e insegurança alimentar aumentam os riscos econômicos, exigindo monitoramento tecnológico avançado.
Essa mudança representa uma nova fase do investimento sustentável, valorizando a eficiência e resiliência operacional das empresas. O mercado buscará negócios capazes de prosperar em um cenário global mais instável, alinhando segurança sistêmica e competitividade.
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A diretora do Citi Research, Anita McBain, destacou uma mudança crucial nas prioridades de investimento global. A partir de 2025, a busca por resiliência e defesa e segurança deve superar as discussões sobre sustentabilidade. Essa mudança impactará a alocação de recursos, as valuations e a transparência, refletindo uma nova era de investimentos focados em proteger ativos e cadeias produtivas.
Essa transição ocorre em um momento em que a resiliência climática e o financiamento climático ganham destaque, especialmente na COP30 em Belém. António Guterres, secretário-geral da ONU, enfatizou a urgência de acelerar a revolução das energias renováveis, assegurando que todos os países compartilhem seus benefícios.
O Citi formalizou essa nova visão no relatório “2025 Pivot into Security, Resilience and Defence”, resultado de quatro anos de pesquisa com investidores. O estudo antecipa uma reorganização das estratégias de investimento, priorizando a segurança sistêmica como foco central da próxima década.
Essa nova agenda do Citi se baseia na adaptação e mitigação climática, segurança energética, minerais críticos, segurança alimentar e hídrica, infraestrutura resiliente, economia digital e defesa e segurança. Em 2024, aproximadamente US$ 2 trilhões foram investidos globalmente em tecnologias limpas, enquanto a geopolítica transforma o cenário da transição energética.
Minerais críticos, antes vistos como insumos industriais, agora são considerados ativos de segurança nacional, essenciais para a transição energética e sistemas de defesa e segurança. A infraestrutura resiliente se torna fundamental para garantir o funcionamento dos sistemas de alimentos, energia, água e transporte, diante de eventos climáticos extremos.
O relatório do Citi também amplia o conceito de investimento sustentável para incluir a economia digital, com foco em cibersegurança, guerra eletrônica e tecnologia espacial, reconhecendo-os como novos domínios econômicos e militares. A comunicação também é crucial, exigindo uma linguagem objetiva sobre sustentabilidade.
Eventos climáticos extremos e a crescente insegurança alimentar e hídrica representam riscos tangíveis para a economia. Para McBain, a clareza nos objetivos é fundamental, utilizando dados de geoespacial, drones e inteligência artificial para monitorar ecossistemas e cadeias produtivas em tempo real.
A precisão na medição de riscos e a conversão de impactos físicos em consequências financeiras aumentam a informação e a capacidade de decisão. O relatório do Citi prevê que a próxima fase do investimento sustentável será uma busca por segurança sistêmica, onde a resiliência climática, energética e digital definirá a competitividade e o valor econômico.
O banco considera essa evolução como um movimento do ESG (Environmental, Social and Governance) do campo da ética para a eficiência. O mercado valorizará empresas que demonstrarem resiliência operacional e segurança estrutural, não apenas um propósito. O desafio é provar que o negócio pode resistir e prosperar em um mundo mais instável.
Via Brazil Journal
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