Mukesh Ambani, dono da Reliance Industries, enfrenta críticas dos EUA pela importação de petróleo russo pela Índia. O presidente americano, Donald Trump, tenta pressionar Nova Délhi a interromper tais compras, relacionadas à guerra na Ucrânia.
As atividades de Ambani chamaram a atenção do governo dos EUA, que intensificou as tarifas comerciais contra empresas indianas. A Reliance se destacou como a maior compradora de petróleo russo na Índia, após um acordo com a Rosneft, que trouxe economia significativa e aumento da dependência russa.
Analistas acreditam que as pressões sobre Ambani são um dano colateral em um contexto geopolítico mais amplo. O apoio governamental à Reliance mostra que a empresa pretende manter sua estratégia de compras, apesar das críticas.
Mukesh Ambani, magnata indiano e proprietário da Reliance Industries, se tornou um ponto focal das críticas dos Estados Unidos em relação à importação de petróleo russo pela Índia. Na atual situação, o Impacto de Trump na Índia se torna cada vez mais evidente, à medida que o presidente americano tenta pressionar Nova Délhi a interromper suas compras de petróleo da Rússia em decorrência da guerra na Ucrânia.
Ambani, que antes era visto posando ao lado de Trump em Washington no início do ano, agora figura como um “efeito colateral” das tensões comerciais. O agravamento das tarifas comerciais entre os países foi relacionado ao seu crescente envolvimento com fornecedores russos, chamando a atenção da administração americana. Reportagens recentes da Bloomberg destacam que suas atividades estão sendo monitoradas pelas autoridades dos Estados Unidos, que ainda não citaram publicamente seu nome, mas que direcionaram suas críticas a empresários próximos ao governo indiano.
A estratégia de Trump visa pressionar Vladimir Putin e, ao mesmo tempo, reduzir o déficit comercial com a Índia. A administração americana, através de seus assessores de comércio, definiu iniciativas que atacam grandes empresas do setor energético indiano, alegando que estão obtendo “lucros excessivos” na ordem de 16 bilhões de dólares a partir dessa relação com a Rússia. Essa abordagem refletida nas políticas comerciais cada vez mais rígidas do governo dos EUA parece ter como alvo específico as importações indiana de petróleo russo.
A Reliance se consolidou como a maior compradora individual de petróleo russo na Índia, após um acordo significativo com a empresa estatal Rosneft estabelecido no início do ano. Este contrato garantiu à Reliance economias significativas em comparação às opções tradicionais de petróleo saudita e americano, e, ao mesmo tempo, ampliou a dependência da Índia em relação ao petróleo russo, beneficiando-se de preços mais baixos.
Analistas apontam que as pressões direcionadas a Ambani e sua empresa podem ser vistas como um “dano colateral temporário” dentro de um contexto geopolítico mais amplo. As autoridades indianas já demonstraram apoio a Ambani e sua empresa, minimizando as implicações desses conflitos comerciais. Internamente, a Reliance classifica as críticas como “teatro político” e pretende manter sua estratégia de compras, indicando confiança no apoio governamental e nas operações futuras.
O mercado parece reagir positivamente às perspectivas da empresa, com ações da Reliance subindo 0,8% em um pregão recente no índice Nifty 50. A situação atual com Ambani e a Reliance exemplifica a intersecção complexa entre interesses empresariais e geopolitica, onde as relações comerciais se entrelaçam com as dinâmicas internacionais e políticas.
Via Exame