Angie Nwandu lançou a página The Shade Room em 2014, um passo significativo em sua carreira iniciada após concluir a faculdade e ser demitida de um emprego como contadora. Com apenas 35 anos, ela agora lidera uma das plataformas de mídia mais relevantes focadas no universo das celebridades, conforme reportado pela Entrepreneur Magazine. Embora possuísse talento inato para a escrita, que lhe rendeu uma bolsa integral na universidade, Nwandu sentiu a pressão para seguir uma carreira em contabilidade, a qual nunca foi sua verdadeira paixão.
Após se formar, e sem um futuro definido, a profissional decidiu embarcar em uma trajetória que realmente a inspirava: acompanhar e comentar sobre as vidas das celebridades. Essa escolha foi o ponto de partida para sua nova empreitada.
Nos primórdios de The Shade Room, as atualizações eram reflexos de notícias já veiculadas por outros meios, mas com o toque cômico e acessível de Angie. No primeiro dia, sua conta no Instagram conquistou 300 seguidores. Prevendo uma tendência de consumo digital, Nwandu viu uma chance de preencher uma lacuna no mercado: dar destaque a influenciadores e criadores de conteúdo que, mesmo não sendo as clássicas celebridades, tinham enorme apelo entre o público.
“Ouvia pessoas dizendo: ‘Finalmente temos um lugar para acompanhar notícias sobre essas personalidades’,” lembra Nwandu. Quando os seguidores ultrapassaram 3.500, ela já acreditava na possibilidade de construir um império de mídia. Com postagens constantes e produção de conteúdo em massa, Angie fez sua base crescer rapidamente, atingindo meio milhão de seguidores em questão de meses.
Esse público engajado não apenas consumia, mas comentava e participava ativamente nas discussões propostas. Essa interação foi vital para o crescimento de The Shade Room como um espaço significativo para a cultura popular digital.
A conversão do The Shade Room em um negócio rentável se deu pela solidez dessa comunidade de seguidores. Nwandu rapidamente percebeu o potencial comercial de sua audiência e começou a interagir diretamente com marcas. Embora inicialmente cobrasse apenas US$ 75 por postagem, esse valor parecia irrisório diante do alcance do perfil. Com o tempo, Nwandu contratou um vendedor para firmar acordos comerciais mais substanciais, o que ajudou a profissionalizar ainda mais as operações. “Você precisa continuar tentando até descobrir algo que funcione e traga lucro,” afirma a empreendedora.
Atualmente, The Shade Room possui 29 milhões de seguidores e se destaca como uma das fontes primárias de conteúdo sobre celebridades e cultura digital nos Estados Unidos. Além de representar um modelo midiático, a plataforma foi totalmente concebida e desenvolvida nas redes sociais.
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Via Exame
